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CAMPANHA NA TV
Mercadante assume frente de ataque e Serra defende Kassab
DA REDAÇÃO
Aliado ao bombardeio do vice
da chapa tucana, Gilberto Kassab
(PFL), o PT convocou, pelo segundo dia consecutivo, o senador
Aloizio Mercadante para a linha
de frente de ataques na TV, na
tentativa de "desconstruir" o programa de José Serra (PSDB).
Os tucanos reagiram. Ontem à
noite, Serra se queixou -afirmou
que os ataques atingiram "até ao
falecido governador Mário Covas"- , fez discurso defendendo
Kassab e exibiu documento assinado na sabatina da Folha como
"compromisso público" de que,
se eleito, cumprirá o mandato
completo na prefeitura.
Desde o último domingo as
campanhas trocam acusações pesadas, exibindo "reportagens",
com câmera escondida, em especial sobre a saúde -sem vinheta
ou identificação partidária.
A tática mudou com Mercadante. Ele exibiu vídeos adversários e
acusou Serra de "explorar o sofrimento dos mais humildes". Pediu
desculpas pela "indignação".
Depois, a prefeita Marta Suplicy
surgiu, branda, e pediu à população que considerasse suas obras, e
não as críticas de José Serra.
O objetivo de levar o senador à
TV é evitar que a ofensiva cole à
imagem da prefeita -mas o resultado era considerado controverso ontem. O desempenho de
Marta esbarra em alto índice de
rejeição, parte atribuído à "pecha
de arrogante".
Serra não esqueceu do ponto
vulnerável. Em seu discurso, disse
que, como prefeito, falará de
"igual para igual", "sem aquela arrogância". O restante do programa dedicou às obras do governo
Alckmin, apesar de acusar Marta
de "estadualizar" as críticas para
fugir do debate sobre a prefeitura.
À tarde, Serra prometeu "ajudar" o Estado na expansão do metrô. Não mencionou verba nem
cronograma de construção. A
obra mais importante, por exemplo, a da linha 4, não deve ficar
pronta antes de 2008. Questionado, Serra disse que o metrô é de
competência da prefeitura e que a
verba virá de "operações urbanas", mecanismo que "vende"
potencial construtivo à iniciativa
privada.
Punições
Ontem, a onda de ataques petista sofreu dois reveses. Uma liminar da Justiça Eleitoral tirou do ar
inserções que exibiam reportagem da Folha sobre o crescimento patrimonial de Gilberto Kassab
(316% em quatro anos) por não
haver identificação do partido. O
governador Geraldo Alckmin obteve direito de resposta de um minuto no programa petista.
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