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PT pode perder hegemonia de 16 anos em BH
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Aconteceu em 2004 com o
PT em Porto Alegre, Ipatinga
(MG) e Icapuí (CE). Quatro
anos depois, a "maldição"
dos 16 anos pode se abater
sobre o PT em Belo Horizonte. Pela quarta vez no país, os
petistas podem ser desbancados de mais uma hegemonia de quatro mandatos consecutivos.
O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) lidera o segundo turno da disputa pela Prefeitura de Belo
Horizonte, administrada pelo petista Fernando Pimentel, que se aliou ao governador tucano Aécio Neves para
lançar Marcio Lacerda (PSB)
candidato a prefeito, com um
petista de vice.
No poder desde 1993, com
o então prefeito Patrus Ananias, atual ministro do Desenvolvimento Social, o PT
de Minas rachou por conta
da aliança que Pimentel fez
com o tucano Aécio, o que
criou dissidências no partido
e também afastou petistas da
disputa eleitoral, caso de Patrus e do também ministro
Luiz Dulci (Secretaria Geral
da Presidência).
Coincidência ou não, nos
casos de Porto Alegre e Ipatinga as perdas das hegemonias administrativas e políticas, após 16 anos consecutivos no poder local, aconteceram em momentos em que o
PT não se entendeu e foi dividido para a disputa eleitoral daquele ano.
No segundo turno da eleição de 2004 em Porto Alegre,
José Fogaça, então no PPS,
bateu o petista Raul Pont e
agora tenta a reeleição. O segundo turno é justamente
contra o PT.
Em Ipatinga, com 167,9
mil eleitores, Sebastião
Quintão (PMDB) desbancou
o petista João Magno, mas
agora perdeu a reeleição e o
PT voltará à prefeitura.
Das únicas prefeituras petistas que nunca conseguiram ir além dos 16 anos, apenas na pequena Icapuí (14,5
mil eleitores) o PT perdeu
sem estar dividido internamente. Na cidade cearense,
José Airton Cirilo e Dedé
Teixeira se revezaram no comando da prefeitura até serem desbancados pelo PSDB
em 2004. A tentativa de voltar neste ano fracassou.
Em Belo Horizonte, mesmo com as divisões internas,
a eleição de Lacerda era tida
como certa pelo PT de Pimentel e até mesmo entre os
petistas dissidentes e afastados da disputa por conta do
apoio de 14 partidos.
E apesar da rejeição da direção nacional do PT à aliança Pimentel-Aécio, os dois
conseguiram arrancar declarações de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à
parceria, mas ele não se envolveu na campanha.
(PP)
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