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São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2003

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MULTIMÍDIA

The New York Times

EUA

Lula surpreendeu no 1º ano, diz NYT

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao relatar o balanço de 2003 apresentado anteontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o jornal americano "The New York Times" afirmou que o governo Lula surpreendeu em seu primeiro ano de mandato.
O presidente "surpreendeu a muitos nomeando uma equipe econômica amigável ao mercado", diz a matéria publicada ontem. Ao adotar medidas que "antes demonizava", Lula controlou a inflação, aumentando inicialmente os juros e cortando "mais de US$ 4 bilhões do Orçamento".
O jornal relata as conquistas do primeiro ano de governo -taxas de juros caindo, exportações crescendo e câmbio estável-, afirma que o "aperto" inicial ainda paralisa a economia, mas informa que a CNI (Confederação Nacional da Indústria) prevê um crescimento entre 3,5% e 4% no ano que vem.
Num trocadilho com as palavras "dark" (escuro) e "bright" (claro, brilhante), o título da matéria do "Times" diz que Lula deixou de ser um "candidato azarão" ("dark horse", que ao pé da letra significa cavalo escuro) para apresentar -no seu balanço de anteontem- um "presente brilhante" ("bright present").
A matéria afirma, no entanto, que "nem as sete reduções da taxa básica de juros desde junho conseguiram provocar a retomada da atividade econômica".
"O presidente cometeu o erro de anunciar uma recuperação que traria o "espetáculo do crescimento" já em julho", diz o texto. À medida que os meses passavam, os críticos começaram a dizer que ele talvez se referisse a um "crescimento do espetáculo", diz o jornal, usando a expressão criada por integrantes do PFL.
Segundo o "The New York Times", o presidente Lula conseguiu passar no Congresso as reformas tributária e da Previdência usando "boa dose de pragmatismo e toma lá, dá cá".


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