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Defesa de Gomes da Silva faz críticas à "pressa" da Justiça
DA AGÊNCIA FOLHA
Advogados do empresário
Sérgio Gomes da Silva, acusado
pelo Ministério Público como
um dos mandantes do assassinato do prefeito Celso Daniel,
criticaram ontem, em Itapecerica da Serra, o que chamaram
de "pressa" da Justiça e "privilégios" da promotoria.
"A Justiça tem 20 anos para
conduzir esse processo. Mesmo assim não concedeu pelo
menos dez para que nós analisássemos com calma as 5.000
páginas do processo. Essa pressa não se justifica", disse o advogado Odel Anton, do escritório de Roberto Podval.
O interrogatório de Gomes
da Silva deveria ter sido ontem,
mas foi transferido para segunda-feira pela Justiça, atendendo parcialmente a um pedido
dos advogados de defesa. Eles
queriam dez dias, mas obtiveram apenas três.
Segundo o advogado, os promotores de Santo André foram
"privilegiados", pois permaneceram com os autos do processo "durante um ano e meio". O
promotor José Reinaldo Carneiro rebateu a acusação, dizendo que os volumes da Promotoria sempre estiveram à disposição dos advogados.
Anton esteve ontem no fórum da cidade, ao lado do também advogado André Fonseca,
para acompanhar os interrogatórios, mas não foram autorizados pelo juiz Luiz Fernando
Migliori Prestes a questionar os
acusados.
(EDS)
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