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Laranja movimentou US$ 130 mi, diz PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Somente um laranja utilizado
por suspeitos investigados na
Operação Anaconda da Polícia
Federal era responsável pela movimentação de US$ 130 milhões.
O dado faz parte de relatório intitulado Anaconda 3, encaminhado
anteontem aos 18 desembargadores que compõe o Órgão Especial
do Tribunal Regional Federal de
São Paulo.
Quase dois meses depois de deflagrar a operação, a PF tenta
aprofundar a investigação sobre
quatro juízes federais suspeitos de
comercializar decisões. O caminho do dinheiro obtido com a
venda de sentenças é o passo que
falta para comprovar o envolvimento dos magistrados.
O relatório enviado aos desembargadores detalha as análises de
inteligência da PF sobre documentos encontrados na Santur,
casa de câmbio de Sandor Paes de
Figueiredo, dia 21 de novembro.
A Folha apurou que foram encontradas remessas de dinheiro
para o Líbano relacionadas a magistrados. O mesmo relatório pede quebras de sigilo bancário e fiscal de alguns envolvidos.
O relatório concluiu que os suspeitos da Anaconda têm relação
com outros quatro casos já investigados pela Polícia Federal em
São Paulo. São eles: Ari Natalino
da Silva (suspeito de falsificação e
roubo de cargas e adulteração de
combustível), Roberto Eleutério
da Silva, o Lobão (considerado o
maior contrabandista de cigarros
do país), Toninho da Barcelona
(apontado pela própria polícia
como maior doleiro do país) e
Sandor, também doleiro.
Uma testemunha-chave vem
prestando o serviço de "guia" dos
policiais no labirinto de ligações
entre os suspeitos e os outros casos antigos.
A PF também começou a revisar os inquéritos abertos nos últimos cinco anos pelos policiais
presos na Anaconda.
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