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São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2003

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Laranja movimentou US$ 130 mi, diz PF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Somente um laranja utilizado por suspeitos investigados na Operação Anaconda da Polícia Federal era responsável pela movimentação de US$ 130 milhões. O dado faz parte de relatório intitulado Anaconda 3, encaminhado anteontem aos 18 desembargadores que compõe o Órgão Especial do Tribunal Regional Federal de São Paulo.
Quase dois meses depois de deflagrar a operação, a PF tenta aprofundar a investigação sobre quatro juízes federais suspeitos de comercializar decisões. O caminho do dinheiro obtido com a venda de sentenças é o passo que falta para comprovar o envolvimento dos magistrados.
O relatório enviado aos desembargadores detalha as análises de inteligência da PF sobre documentos encontrados na Santur, casa de câmbio de Sandor Paes de Figueiredo, dia 21 de novembro.
A Folha apurou que foram encontradas remessas de dinheiro para o Líbano relacionadas a magistrados. O mesmo relatório pede quebras de sigilo bancário e fiscal de alguns envolvidos.
O relatório concluiu que os suspeitos da Anaconda têm relação com outros quatro casos já investigados pela Polícia Federal em São Paulo. São eles: Ari Natalino da Silva (suspeito de falsificação e roubo de cargas e adulteração de combustível), Roberto Eleutério da Silva, o Lobão (considerado o maior contrabandista de cigarros do país), Toninho da Barcelona (apontado pela própria polícia como maior doleiro do país) e Sandor, também doleiro.
Uma testemunha-chave vem prestando o serviço de "guia" dos policiais no labirinto de ligações entre os suspeitos e os outros casos antigos.
A PF também começou a revisar os inquéritos abertos nos últimos cinco anos pelos policiais presos na Anaconda.


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