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MARANHÃO
Liminar devolve prédio histórico à Fundação Sarney
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu ontem uma liminar que suspendeu a devolução
do convento das Mercês, em São
Luís (MA), prédio que abriga a
Fundação José Sarney, para o Estado do Maranhão. O ministro
Marco Aurélio de Mello, do STF,
acatou o pedido de liminar contido numa ação direta de inconstitucionalidade apresentada pela
Mesa Diretora do Senado -o senador José Sarney (PMDB-AP)
presidiu o Senado de 2003 a 2005.
A lei estadual que havia devolvido ao Estado o convento, um prédio do século 17 tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, foi
aprovada pela Assembléia Legislativa do Maranhão em novembro e foi considerada uma provocação da base de apoio ao governador José Reinaldo Tavares
(PSB) ao senador José Sarney.
Tavares rompeu politicamente
com o clã Sarney em meados de
2004. A lei foi anulada pela decisão do STF. A Fundação José Sarney abriga o acervo reunido pelo
senador no período em que ocupou a Presidência (1985-1990). Há
obras de arte e manuscritos de
Jorge Amado e Castro Alves.
"A lei estabelece 30 dias para ser
que seja executada, o que por si só
já justifica a liminar", disse o presidente da Fundação José Sarney,
José Carlos Souza Silva. Segundo
a assessoria de Tavares, o governo
do Estado irá tentar cassar a liminar por meio de um recurso.
A assessoria do governador disse também que há disposição de
manter o acervo da fundação no
convento por meio de um contrato de comodato e que a lei determinou apenas a devolução do
prédio ao poder público.
O Ministério Público Federal no
Maranhão apresentou no ano
passado uma ação civil pública
que também questiona a doação
do convento para a fundação. A
argumentação é que um prédio
tombado não pode ser doado pelo poder público.
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