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TSE não vota verticalização em 2005
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Expirou ontem a última chance
para derrubar a verticalização das
coligações eleitorais ainda neste
ano. A última sessão do ano no
TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
não analisou o possível fim da
medida, o que só poderá voltar a
ser discutida a partir de fevereiro.
O PSL havia feito uma consulta
ao TSE sobre a orientação do tribunal para a verticalização -medida que proíbe os partidos de
contrariar, nos Estados, a coligação feita nacionalmente.
Marco Aurélio de Mello é o ministro relator e não havia ainda
apresentado seu voto. Nos bastidores, especula-se que ele seria favorável ao fim da verticalização,
anseio de grande parte dos partidos, que buscam obter liberdade
para se unirem regionalmente.
A verticalização foi instituída
em 2002 devido a uma interpretação, do próprio TSE, sobre a
Constituição. Ou seja, para alterar
a medida, o tribunal teria que assumir posição contrária à de 2002.
No Congresso, a tentativa de dar
fim à verticalização já fracassara
na semana passada, quando o
presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), desistiu de colocar em votação a PEC (Proposta
de Emenda à Constituição) sobre
o tema. Não havia acordo nem
quórum para que a matéria fosse
apreciada.
Aprovada pelo Senado Federal,
a emenda teria de ser votada em
dois turnos na Câmara antes de
ser promulgada. Duas semanas
atrás, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu publicamente
o fim da verticalização durante
evento do PSB.
Lula chegou a fazer um pedido
público para que o presidente nacional do PT, deputado Ricardo
Berzoini (SP), intermediasse o
apoio do partido à matéria, já que
a bancada petista havia assumido
voto contrário ao fim da verticalização. Na ocasião, o presidente foi
aplaudido pelos militantes do
PSB. Os socialistas só aceitam fechar uma aliança nacional com o
PT, no ano que vem, se a verticalização for derrubada. O PSB quer
estar livre para promover, nos Estados, coligações com outros partidos que não o PT.
Além do PT, o PSDB também
contribuiu para que a verticalização fosse mantida, apesar das
pressões de alguns setores tucanos. O partido preferiu manter-se
coerente ao que defendeu em
2002, quando apoiou a decisão do
TSE que instituiu a verticalização.
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