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Manifestantes durante ato da CUT em SP contra o aumento do salário dos parlamentares

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e um grupo de estudantes fizeram manifestações ontem pela manhã em frente ao Congresso Nacional e também no centro de São Paulo contra o aumento do salário de deputados e senadores em 91%. O objetivo dos atos era colher assinaturas contra a medida.
Na capital, cerca de 50 sindicalistas levaram um imenso vidro de óleo de peroba para o gramado em frente ao Congresso, além de bonecos representando deputados e senadores. "Produto Brasileiro. Indicado para: parlamentares Cara-de-Pau", dizia o rótulo.
Um grupo de aproximadamente cem estudantes da UnB (Universidade de Brasília) carregando um caixão entrou no lago em frente ao Congresso com uma cruz em que estava escrito "Aqui Jaz o Brasil".
Eles caminharam até o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e a rodoviária. No caminho se depararam com o senador César Borges (PFL-BA) preso no trânsito. Eles bateram e cuspiram no carro.
Em São Paulo, o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, afirmou que a manifestação iria continuar ainda que o STF barrasse o reajuste.
"Precisamos aproveitar essa indignação da sociedade para garantir que propostas de participação nas questões como o orçamento público não se percam", afirmou Henrique, segundo quem a CUT deve funcionar como interlocutora da indignação popular.
Ele adiantou que não vai propor saídas para a questão, apenas pressionar os parlamentares a reverem a decisão. "Esperamos que esse clima de revolta se transforme em pressão para melhorar a proposta do salário mínimo e do Imposto de Renda."
Como parte dos protestos, dois manifestantes desfilaram vestidos de Papai Noel: um, de 1,94m e 145 kg dizia representar o salário dos parlamentares; o outro, de 1,40m e 50 kg, dizia ser o Papai Noel dos trabalhadores.


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