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164 congressistas dizem que são contra o aumento de 91%
Só 14 parlamentares afirmam que são a favor do reajuste suspenso pelo Supremo
Jornal procurou 534 dos 594 deputados e senadores, e só 178 se posicionaram; os
demais não responderam ou não foram localizados
DA REDAÇÃO
DA AGÊNCIA FOLHA
Levantamento realizado ontem pela Folha entre deputados e senadores da atual legislatura mostra que ao menos
164 parlamentares se declaram
contra o aumento de salário de
91% para o Congresso.
Dos 594 parlamentares -513
deputados e 81 senadores-, a
reportagem procurou ontem
534 deles. Obteve a resposta
"contra" ou "a favor" de 178.
Destes, enquanto 164 são contra o aumento, somente 14 se
dizem a favor do reajuste que
foi decidido na quinta-feira da
semana passada. Os demais
não foram localizados, não retornaram as ligações ou preferiram não opinar.
Barrado pela Justiça ontem,
o Congresso tentará se reunir
hoje novamente para rever a
decisão do reajuste.
A maioria dos que se declararam contra o aumento de 91%
defende, no entanto, que a elevação dos salários da Câmara e
do Senado acompanhe a inflação acumulada no período de
quatro anos, quando não houve
nenhuma correção nos vencimentos dos congressistas.
O último reajuste do Congresso entrou em vigor em fevereiro de 2003. De lá para cá, a
inflação acumulada, seguindo o
IPCA-IBGE (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo),
é de 24,78%.
Da bancada paulista no Congresso, com 70 deputados e 3
senadores, 25 se disseram contra o reajuste de 91%. Em segundo lugar, vem o Rio Grande
do Sul com 19 parlamentares
dizendo que são contra esse
percentual de aumento.
O Rio de Janeiro, com 46 deputados e 3 senadores, tem 10
parlamentares contra a elevação do salário em 91%. Somente um deles se disse a favor do reajuste.
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