São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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164 congressistas dizem que são contra o aumento de 91%

Só 14 parlamentares afirmam que são a favor do reajuste suspenso pelo Supremo

Jornal procurou 534 dos 594 deputados e senadores, e só 178 se posicionaram; os demais não responderam ou não foram localizados


DA REDAÇÃO
DA AGÊNCIA FOLHA

Levantamento realizado ontem pela Folha entre deputados e senadores da atual legislatura mostra que ao menos 164 parlamentares se declaram contra o aumento de salário de 91% para o Congresso.
Dos 594 parlamentares -513 deputados e 81 senadores-, a reportagem procurou ontem 534 deles. Obteve a resposta "contra" ou "a favor" de 178. Destes, enquanto 164 são contra o aumento, somente 14 se dizem a favor do reajuste que foi decidido na quinta-feira da semana passada. Os demais não foram localizados, não retornaram as ligações ou preferiram não opinar.
Barrado pela Justiça ontem, o Congresso tentará se reunir hoje novamente para rever a decisão do reajuste.
A maioria dos que se declararam contra o aumento de 91% defende, no entanto, que a elevação dos salários da Câmara e do Senado acompanhe a inflação acumulada no período de quatro anos, quando não houve nenhuma correção nos vencimentos dos congressistas.
O último reajuste do Congresso entrou em vigor em fevereiro de 2003. De lá para cá, a inflação acumulada, seguindo o IPCA-IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é de 24,78%.
Da bancada paulista no Congresso, com 70 deputados e 3 senadores, 25 se disseram contra o reajuste de 91%. Em segundo lugar, vem o Rio Grande do Sul com 19 parlamentares dizendo que são contra esse percentual de aumento.
O Rio de Janeiro, com 46 deputados e 3 senadores, tem 10 parlamentares contra a elevação do salário em 91%. Somente um deles se disse a favor do reajuste.


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