|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Advogado afirma que houve fraude em seu parecer
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O advogado Fausto Pereira
de Lacerda Filho disse que seu
parecer foi alterado de maneira
"fraudulenta". Ele nega que tenha emitido parecer defendendo a manutenção de contas de
"laranjas" no Banestado. "Trocaram o termo CC5 por "laranja" no meu parecer. É uma fraude documental e ideológica."
Lacerda Filho, que em 19 de
fevereiro último recebeu o título de cidadão honorário de Curitiba, não soube explicar o
motivo pelo qual o número do
fax de seu escritório aparecia
em cópia do parecer que a
Agência Folha obteve. "Sei lá,
podem ter fraudado isso também. E mais, o parecer original
também sumiu. No momento
certo, alguém terá de explicar
essas fraude", afirmou.
George Pantelíades, o "Grego", está afastado do Banco
Central. Na agência da instituição em Curitiba, a informação
é que ele estava licenciado e que
não havia previsão para o seu
retorno ao trabalho.
Rafael Schimidt Neto, o "Alemão", é hoje o chefe do Decec
(Departamento de Capital Estrangeiro e Câmbio) do Banco
Central em Curitiba. Procurado pela Agência Folha, Schimidt Neto estava em trânsito
entre Brasília e Curitiba. Ele
passou o dia em Brasília participando de um grupo de trabalho sobre câmbio e capital estrangeiro no banco.
A instituição, por meio de sua
assessoria de imprensa, informou que só se pronuncia sobre
contas CC5 na CPI do Banestado e por intermédio da diretoria de Fiscalização.
Jocimar Nastari, assessor de
imprensa do Banco Central,
disse que não tinha informações sobre "o ocorrido lá pela
década de 90, mas que no momento oportuno a instituição
iria se pronunciar".
"Vamos esperar a conclusão
das investigações e, se ficar
provado a responsabilidade de
algum servidor, o banco irá tomar as medidas cabíveis", disse
Nastari.
(JOSÉ MASCHIO)
Texto Anterior: Caso CC5: BC sabia que contas tinham nome de laranjas Próximo Texto: Elio Gaspari: Jango, 40 anos de um mito Índice
|