São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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OUTRO LADO

Advogado afirma que houve fraude em seu parecer

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O advogado Fausto Pereira de Lacerda Filho disse que seu parecer foi alterado de maneira "fraudulenta". Ele nega que tenha emitido parecer defendendo a manutenção de contas de "laranjas" no Banestado. "Trocaram o termo CC5 por "laranja" no meu parecer. É uma fraude documental e ideológica."
Lacerda Filho, que em 19 de fevereiro último recebeu o título de cidadão honorário de Curitiba, não soube explicar o motivo pelo qual o número do fax de seu escritório aparecia em cópia do parecer que a Agência Folha obteve. "Sei lá, podem ter fraudado isso também. E mais, o parecer original também sumiu. No momento certo, alguém terá de explicar essas fraude", afirmou.
George Pantelíades, o "Grego", está afastado do Banco Central. Na agência da instituição em Curitiba, a informação é que ele estava licenciado e que não havia previsão para o seu retorno ao trabalho.
Rafael Schimidt Neto, o "Alemão", é hoje o chefe do Decec (Departamento de Capital Estrangeiro e Câmbio) do Banco Central em Curitiba. Procurado pela Agência Folha, Schimidt Neto estava em trânsito entre Brasília e Curitiba. Ele passou o dia em Brasília participando de um grupo de trabalho sobre câmbio e capital estrangeiro no banco.
A instituição, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que só se pronuncia sobre contas CC5 na CPI do Banestado e por intermédio da diretoria de Fiscalização.
Jocimar Nastari, assessor de imprensa do Banco Central, disse que não tinha informações sobre "o ocorrido lá pela década de 90, mas que no momento oportuno a instituição iria se pronunciar".
"Vamos esperar a conclusão das investigações e, se ficar provado a responsabilidade de algum servidor, o banco irá tomar as medidas cabíveis", disse Nastari. (JOSÉ MASCHIO)

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