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TRIBUTÁRIA
Gerdau elogia a proposta, mas afirma que faltam pontos importantes
Empresário vê falhas em reforma
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, 66, presidente do grupo Gerdau e da Ação Empresarial,
considerou um avanço importante a proposta de reforma tributária do governo. O principal ponto
da proposta, a seu ver, foi o fim da
cumulatividade do Cofins. "Só isso já vai ajudar a gerar mais empregos no país com o aumento
das exportações", afirmou.
Gerdau acha, no entanto, que o
governo não incluiu pontos fundamentais que poderão contribuir ainda mais para a geração de
empregos no país. Ele é membro
do Conselho de Desenvolvimento
Ecônomico e Social, instância que
debateu as reformas de Lula.
Nos próximos dias, Gerdau disse que irá se reunir com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci
Filho, para apresentar propostas a
serem incluídas no projeto do governo. Ele disse que irá acompanhado de outros empresários da
Ação Empresarial e que pretende
fazer o mesmo no Congresso.
São basicamente três as propostas que Gerdau pretende incluir
no projeto de reforma tributária:
a cobrança do ICMS na importação de produtos e serviços que tenham similares no Brasil, o fim da
cumulatividade na CPMF e o fim
do ISS (Imposto sobre Serviços).
Jorge Gerdau explicou que sua
proposta de cobrança do ICMS
(Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) aos produtos importados se justifica pelo
fato de muitas empresas sediadas
no Brasil, em razão da guerra fiscal entre os Estados, obtiveram
isenção de impostos na importação de itens, o que fez com que
deixassem de comprar produtos
nacionais. Ele deu o exemplo de
algumas montadoras. Segundo
Gerdau, muitas delas deixaram de
comprar o aço nacional por se beneficiarem de isenção fiscal na
importação do produto.
Já no que diz respeito à CPMF,
Gerdau diz que trata-se de um dos
impostos com maior cobrança
em cascata na cadeia produtiva
que existem no país. A proposta
que ele irá apresentar a Palocci é
de redução da CPMF para o mínimo previsto na proposta do governo (0,08%). A diferença em relação aos 0,38% de cobrança máxima para a CPMF na proposta
seria incorporada no Cofins.
O terceiro ponto da proposta de
Gerdau é o fim do ISS, que é municipal. Segundo o empresário, o
ISS também é um imposto em
cascata e que prejudica o exportador brasileiro. "Numa economia
moderna, é um erro a exportação
de impostos", afirmou.
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