São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 2002

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Tucano propõe teto para preço de medicamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Em crítica aos adversários por considerar que suas idéias estão sendo copiadas, o presidenciável tucano, José Serra, anunciou ontem três propostas de governo na área da saúde.
"Certamente alguém na semana que vem vai terceirizar essa proposta, mas vocês são testemunhas dessa novidade", disse o ex-ministro da Saúde para mais de 600 pessoas, que participavam de um simpósio em comemoração ao Dia Nacional do Medicamento Genérico, em São Paulo.
A primeira proposta anunciada pelo tucano diz respeito à compra de medicamentos. De acordo com a idéia de Serra, os remédios passariam a ser vendidos nas farmácias por um preço que obedeceria a um teto. A diferença entre o teto estipulado pelo governo e o valor do medicamento vendido pelos laboratórios ficaria por conta do poder público.
Segundo o pré-candidato, a proposta, que já estaria sendo analisada, teria um custo inicial de cerca de R$ 150 milhões e seria feita em conjunto apenas com laboratórios que vencessem um processo de licitação.
Serra negou temer críticas de que sua idéia seja populista. O seu adversário do PSB, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, foi chamado de populista ao inaugurar restaurantes a preços populares que dependem do subsídio do governo.
A segunda medida na área da saúde anunciada pelo pré-candidato tucano visa a ampliar o número de famílias beneficiadas pelo Programa Saúde da Família, passando a atingir toda a população brasileira.
Como o programa atende hoje a cerca de 50 milhões de pessoas e tem um custo de R$ 1 bilhão, segundo Serra, seria possível atingir cerca de 170 milhões de pessoas com um gasto de até R$ 3 bilhões.
"Cada família brasileira estará ligada a uma equipe de saúde da família", disse o pré-candidato.
A última proposta anunciada ontem pelo presidenciável é a que trata da diminuição da mortalidade infantil em apenas quatro anos. O pré-candidato afirmou que, em seu eventual governo, pretende diminuir os números de crianças que morrem antes de completar um ano: de 29 a cada 1.000 para 20 a cada 1.000.
(JULIA DUAILIBI)



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