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Tucano propõe teto para preço de medicamentos
DA REPORTAGEM LOCAL
Em crítica aos adversários por
considerar que suas idéias estão
sendo copiadas, o presidenciável
tucano, José Serra, anunciou ontem três propostas de governo na
área da saúde.
"Certamente alguém na semana
que vem vai terceirizar essa proposta, mas vocês são testemunhas
dessa novidade", disse o ex-ministro da Saúde para mais de 600
pessoas, que participavam de um
simpósio em comemoração ao
Dia Nacional do Medicamento
Genérico, em São Paulo.
A primeira proposta anunciada
pelo tucano diz respeito à compra
de medicamentos. De acordo
com a idéia de Serra, os remédios
passariam a ser vendidos nas farmácias por um preço que obedeceria a um teto. A diferença entre
o teto estipulado pelo governo e o
valor do medicamento vendido
pelos laboratórios ficaria por conta do poder público.
Segundo o pré-candidato, a
proposta, que já estaria sendo
analisada, teria um custo inicial
de cerca de R$ 150 milhões e seria
feita em conjunto apenas com laboratórios que vencessem um
processo de licitação.
Serra negou temer críticas de
que sua idéia seja populista. O seu
adversário do PSB, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony
Garotinho, foi chamado de populista ao inaugurar restaurantes a
preços populares que dependem
do subsídio do governo.
A segunda medida na área da
saúde anunciada pelo pré-candidato tucano visa a ampliar o número de famílias beneficiadas pelo Programa Saúde da Família,
passando a atingir toda a população brasileira.
Como o programa atende hoje a
cerca de 50 milhões de pessoas e
tem um custo de R$ 1 bilhão, segundo Serra, seria possível atingir
cerca de 170 milhões de pessoas
com um gasto de até R$ 3 bilhões.
"Cada família brasileira estará
ligada a uma equipe de saúde da
família", disse o pré-candidato.
A última proposta anunciada
ontem pelo presidenciável é a que
trata da diminuição da mortalidade infantil em apenas quatro
anos. O pré-candidato afirmou
que, em seu eventual governo,
pretende diminuir os números de
crianças que morrem antes de
completar um ano: de 29 a cada
1.000 para 20 a cada 1.000.
(JULIA DUAILIBI)
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