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Governo acha erro em
reforma da Previdência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo descobriu um erro
na proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência.
Por um engano, o texto encaminhado ao Congresso limita as
aposentadorias de futuros militares a R$ 2.400 e ainda muda a fórmula de cálculo dos benefícios.
O erro foi descoberto pelo Ministério da Previdência depois
que a proposta foi enviada ao
Congresso no dia 30 de abril. Segundo a Previdência, o erro foi
comunicado ao Ministério da Defesa e à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, onde
a proposta está sendo analisada.
A Folha apurou que o governo
quer corrigir o problema por
meio de uma "emenda saneadora", o que pode ser feito na tramitação da emenda na CCJ. Ontem,
o ministro José Viegas (Defesa)
esteve reunido com o presidente
da CCJ, Luiz Eduardo Greenhalgh
(PT-SP), para discutir o assunto.
A proposta de emenda constitucional da Previdência é focada em
mudanças no regime previdenciário dos servidores públicos civis. Apenas um dispositivo foi incluído no texto para modificar regras para os militares.
Ao propor a alteração do inciso
9º do artigo 142 da Constituição, o
governo pretende limitar as pensões dos militares a até 70% do valor da remuneração. No entanto,
um erro na redação do texto acabou estendendo aos militares
duas medidas que o governo elaborou para alcançar apenas os civis. Uma delas é a criação de uma
fórmula de cálculo para as aposentadorias e pensões no serviço
público, que acaba com a aposentadoria integral. Além disso, os
benefícios dos militares estariam
limitados ao teto de R$ 2.400.
(JULIANNA SOFIA E ANDREA MICHAEL)
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