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Operação nasceu de investigação contra policiais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Operação Navalha surgiu de outra operação, a Octopus, que investigava ligações entre policiais federais e
um grupo de empresários da
Bahia especializado em crimes de fraude a licitação.
A informação consta de relatório parcial de inteligência da Operação Navalha.
Nele, a PF relata que o vazamento da Operação Octopus
dentro do próprio órgão e na
Justiça Federal da Bahia
"aniquilou qualquer possibilidade de se investigar os policiais federais".
Segundo o relatório de inteligência da Operação Navalha, havia indícios de crime de corrupção passiva, de
violação de sigilo funcional e
de prevaricação contra três
ex-superintendentes regionais da PF no Nordeste (Ceará, Sergipe e Bahia).
A PF anotou no texto, porém, que foi possível "manter a investigação com relação ao empresário Zuleido
Soares de Veras" e que, "por
meio de monitoramento telefônico", constatou que ele
era "chefe de uma organização criminosa articulada
com ramificações" em vários
Estados.
O documento, que consta
do inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça),
descreve como era o esquema. Diz que Veras era um
"verdadeiro líder de uma organização criminosa voltada
para a obtenção de lucro por
meio de execução de obras
públicas". Segundo a PF, o
objetivo era se apropriar do
dinheiro público com licitações fraudulentas, deixando
"relegada a segundo plano" a
construção das obras.
Ao investigar o esquema,
os agentes federais ficaram
convencidos de que funcionários de Veras chegavam a
elaborar os próprios editais
de licitação e transportavam
dinheiro destinado ao "pagamento de propinas".
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