São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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Operação nasceu de investigação contra policiais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Operação Navalha surgiu de outra operação, a Octopus, que investigava ligações entre policiais federais e um grupo de empresários da Bahia especializado em crimes de fraude a licitação.
A informação consta de relatório parcial de inteligência da Operação Navalha. Nele, a PF relata que o vazamento da Operação Octopus dentro do próprio órgão e na Justiça Federal da Bahia "aniquilou qualquer possibilidade de se investigar os policiais federais".
Segundo o relatório de inteligência da Operação Navalha, havia indícios de crime de corrupção passiva, de violação de sigilo funcional e de prevaricação contra três ex-superintendentes regionais da PF no Nordeste (Ceará, Sergipe e Bahia).
A PF anotou no texto, porém, que foi possível "manter a investigação com relação ao empresário Zuleido Soares de Veras" e que, "por meio de monitoramento telefônico", constatou que ele era "chefe de uma organização criminosa articulada com ramificações" em vários Estados.
O documento, que consta do inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça), descreve como era o esquema. Diz que Veras era um "verdadeiro líder de uma organização criminosa voltada para a obtenção de lucro por meio de execução de obras públicas". Segundo a PF, o objetivo era se apropriar do dinheiro público com licitações fraudulentas, deixando "relegada a segundo plano" a construção das obras.
Ao investigar o esquema, os agentes federais ficaram convencidos de que funcionários de Veras chegavam a elaborar os próprios editais de licitação e transportavam dinheiro destinado ao "pagamento de propinas".


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