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PFL faz hoje convenção nacional e tenta resolver entraves com PSDB
Partidos não se coligam na maioria dos Estados por causa de disputas locais
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em clima de descontentamento e crítica ao comando da
campanha de Geraldo Alckmin
(PSDB), o PFL realiza hoje, em
Brasília, sua convenção nacional para oficializar a aliança
com PSDB na disputa presidencial. O senador José Jorge
(PFL-PE) foi indicado como vice na chapa.
Com a formalização da coligação, os partidos passam a ter
prazo de nove dias para resolver entraves que impedem a repetição da aliança nos Estados.
Caso o prazo expirasse hoje, o
mapa dos pefelistas mostra que
as siglas só ficariam juntas em
nove Estados.
O agravamento dos entraves
regionais deverá resultar em
ausências na convenção, como
a do governador de Sergipe,
João Alves, candidato à reeleição. "Não me sinto à vontade
em ir [à convenção] com a situação no meu Estado, em que
pese o fato de gostar do Alckmin. Não aceito dois palanques", disse. Em Sergipe, PFL e
PSDB são adversários.
Além das disputas locais,
cresceu nos últimos dias a insatisfação dos pefelistas com os
coordenadores da campanha
tucana. O PFL reclama de desorganização, principalmente
na agenda do candidato, e de
falta de diálogo sobre a parte
técnica da campanha.
Uma das ações que desagradaram aos pefelistas foi o fato
de terem sido excluídos da reunião com os técnicos da campanha, anteontem. "O PFL colocou-se à disposição para tudo,
agora cabe a eles dizerem o que
querem de nós. Não vamos
aonde não formos chamados",
disse o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).
"Sem interação não há motivação. Sem motivação não há
participação. Sem participação
não há mobilização e multiplicação", também criticou o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL).
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