do enviado especial a Lima

As informações de que grupos armados ligados ao movimento maoísta peruano Sendero Luminoso estariam atuando junto a sem-terra em Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso ganharam as páginas dos jornais sensacionalistas peruanos.
O embaixador brasileiro em Lima, José Viegas Filho, teve de convocar entrevista coletiva há dois dias para contestar essas informações.
"Não há nenhuma informação de que o Sendero Luminoso esteja atuando no Brasil. Até porque como organização ele não existe mais, é agora um grupo isolado", afirmou o embaixador Viegas Filho.
O ex-embaixador do Peru no Brasil Alfonso Rivero também negou a infiltração do Sendero na Amazônia brasileira e afirmou à Folha que os focos de guerrilha ainda existentes estão sendo combatidos pelo governo Fujimori. "Não há porque magnificar esse caso", disse Rivero.
Na semana passada, o governo do Peru prendeu o principal líder do movimento, Oscar Duran, o "comandante Feliciano".
Nem Rivero nem Viegas Filho escondem, no entanto, que há preocupação com o narcotráfico e com o contrabando, especialmente de madeira, existente no triângulo formado por Tabatinga (Brasil), Letícia (Colômbia) e Ramon Castilha (Peru).
(WILLIAM FRANÇA)


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