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SEM-TERRA
Secretário diz que Estado respeita direitos humanos
Comissão Pastoral da Terra acusa governo da Paraíba de tortura
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A Comissão Pastoral da Terra
denunciou ontem o governo da
Paraíba de efetuar prisões arbitrárias e torturar oito sem-terra na
região de Itabaiana (80 km de
João Pessoa). A CPT cobra também esclarecimento para o caso
do sem-terra Almir Muniz da Silva, 40, desaparecido, segundo o
órgão, desde 29 de maio.
Os advogados da CPT Noaldo
Meireles e Iranice Gonçalves Muniz acusam os policiais civis de
Itabaiana e da Central de Polícia
de João Pessoa de torturarem oito
sem-terra para que assumissem o
atentado, em 18 de maio, contra o
policial civil Sérgio de Souza Azevedo, 40, acusado pela CPT de
chefiar um grupo paramilitar.
Meireles afirmou que Azevedo
havia ameaçado o sem-terra Almir Muniz da Silva, vizinho dos
sem-terra presos, de morte dois
dias após o atentado. No dia 29 de
maio, Almir Muniz desapareceu.
O secretário de Segurança Pública Gualberto Bezerra disse que
as prisões foram legais, acompanhadas pelo Ministério Público.
Sobre a denúncia de tortura disse:
"Na Paraíba temos orgulho de
respeitar os direitos humanos".
Ele disse que o caso de Muniz está
"sendo investigado". Azevedo
afirmou que as acusações contra
ele são "políticas" e negou comandar um grupo paramilitar.
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