São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

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SEM-TERRA

Secretário diz que Estado respeita direitos humanos

Comissão Pastoral da Terra acusa governo da Paraíba de tortura

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A Comissão Pastoral da Terra denunciou ontem o governo da Paraíba de efetuar prisões arbitrárias e torturar oito sem-terra na região de Itabaiana (80 km de João Pessoa). A CPT cobra também esclarecimento para o caso do sem-terra Almir Muniz da Silva, 40, desaparecido, segundo o órgão, desde 29 de maio.
Os advogados da CPT Noaldo Meireles e Iranice Gonçalves Muniz acusam os policiais civis de Itabaiana e da Central de Polícia de João Pessoa de torturarem oito sem-terra para que assumissem o atentado, em 18 de maio, contra o policial civil Sérgio de Souza Azevedo, 40, acusado pela CPT de chefiar um grupo paramilitar.
Meireles afirmou que Azevedo havia ameaçado o sem-terra Almir Muniz da Silva, vizinho dos sem-terra presos, de morte dois dias após o atentado. No dia 29 de maio, Almir Muniz desapareceu.
O secretário de Segurança Pública Gualberto Bezerra disse que as prisões foram legais, acompanhadas pelo Ministério Público. Sobre a denúncia de tortura disse: "Na Paraíba temos orgulho de respeitar os direitos humanos". Ele disse que o caso de Muniz está "sendo investigado". Azevedo afirmou que as acusações contra ele são "políticas" e negou comandar um grupo paramilitar.



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