São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2005

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O PUBLICITÁRIO

BMG pretende tomar bens de Marcos Valério

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O BMG, responsável por três dos cinco empréstimos que supostamente abasteceram o caixa dois do PT, prepara-se para pedir a insolvência civil do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, segundo o advogado do banco, Sérgio Bermudes.
Os empréstimos com o BMG, que beiravam R$ 40 milhões em valores atualizados em julho, vencem na semana que vem: "Se ele é devedor e não consegue pagar, de duas uma: ou arranja quem pague ou fica com o risco de ter penhorados os bens que forem encontrados ou de ver decretada sua insolvência civil [o que equivale à falência de uma empresa]", disse.
O Banco Rural, credor em mais de R$ 80 milhões de duas empresas do publicitário, começou a executar as dívidas na terça-feira. Isso significa que a cobrança ocorre mais de sete meses depois da data do vencimento, segundo registram documentos entregues por Valério à Procuradoria.
Em comum, além financiarem o caixa dois do PT, o BMG e o Rural deixaram de executar, nos últimos anos, garantias apresentadas pelo publicitário e que envolviam suas relações com empresas estatais. Os maiores empréstimos em vigor têm como garantias contratos da SMPB com os Correios e da DNA com o Banco do Brasil. Os dois contratos foram suspensos.
Valério passou por cima de uma proibição contratual ao oferecer como garantia seus negócios com o BB. Um dos dispositivos do contrato de publicidade proíbe a agência contratada de oferecer pagamentos do banco como garantia. Ainda assim, a garantia foi aceita pelo Rural. (MARTA SALOMON E LEONARDO SOUZA)

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