São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2000 |
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ENTENDA O CASO DNER Em outubro de 1999, a Folha revelou a existência de um esquema dentro do DNER para liberar, mediante pagamento de propina, a quitação de precatórios (ordens de pagamento da Justiça) Os lobistas obtinham a lista dos credores dos precatórios, que pela Constituição brasileira têm de ser pagos em ordem cronológica, e os procuravam para negociar o pagamento em troca de comissões A Folha revelou o esquema a partir de conversas gravadas com titulares de precatórios, advogados e lobistas. O nome do ministro Eliseu Padilha era usado pelos lobistas. Após a reportagem, Padilha anunciou que iria investigar o caso No dia 3 de novembro, Padilha afastou dois funcionários do DNER: Gilson Zerwes de Moura, então diretor financeiro do órgão, que fazia os pagamentos, e Pedro Eloi Soares, procurador-geral do órgão Uma investigação conduzida pela Advocacia-Geral da União sobre 41 pagamentos feitos pelo órgão aos credores entre 1997 e 1999 apontou 13 irregularidades cometidas pelos funcionários do DNER O relatório da AGU, finalizado em dezembro de 1999, recomendou que todos os pagamentos fossem revistos e que os acusados fossem submetidos a processo. Até agora, o Ministério dos Transportes não adotou nenhuma das providências Texto Anterior: Precatórios: DNER nega irregularidades apontadas em pagamentos Próximo Texto: Governo: FHC articula o aumento do mínimo Índice |
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