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PT pretende universalizar educação infantil
Como o governo federal pode
atuar para melhorar a qualidade
da educação fundamental e média,
de responsabilidade de Estados e
municípios? Pode auxiliar com
mais recursos para o Fundef, com
equipamentos e treinamento?
As desigualdades educacionais
devem ser combatidas desde o
início da vida das crianças. Para
isso, é necessário ter uma rede de
creches e escolas de educação infantil para que as crianças de zero
a três anos possam frequentar as
creches e garantir que todas as
crianças de quatro a seis anos tenham suas vagas asseguradas.
Nesse sentido, nosso programa de
governo tem estas propostas:
a) atingir, no quarto ano de governo, a universalização da educação infantil para crianças de
quatro a seis anos;
b) promover ações para assegurar, em colaboração com Estados,
municípios e empresas, o acesso a
creches para todos os filhos de
mães trabalhadoras;
c) criar a Câmara da Infância e
da Adolescência, com o objetivo
de estabelecer política integrada
para a infância e a juventude.
No ensino fundamental, os sistemas serão orientados a adotar
projetos político-pedagógicos,
compromissados com a inclusão,
com a aprendizagem e com o sucesso escolar, baseados em aspectos que nos remetem aos ciclos de
formação.
O ensino médio deve ser universalizado gradativamente para todos os detentores de certificação
do ensino fundamental, de acordo com as metas estabelecidas no
Plano Nacional de Educação e nos
planos estaduais.
O governo federal vai se articular com os governos estaduais de
forma a assegurar para as escolas
de ensino médio:
a) prédios, laboratórios e equipamentos adequados;
b) profissionais de educação
competentes e atualizados, em
número necessário;
c) recursos tecnológicos auxiliares no processo pedagógico e devida formação para sua utilização;
d) programa de livros didáticos,
cobrindo todos os componentes
curriculares do ensino médio.
O Programa Bolsa-Escola, articulado ao Programa Nacional de
Renda Mínima, deve ser implementado como parte integrante
do projeto político-pedagógico,
inclusivo e de qualidade, no ensino fundamental e médio, com o
objetivo de garantir a permanência dos alunos na escola. A bolsa-escola será paga por família -e
não por criança.
O Fundeb, que substituirá o
atual Fundef, incluirá recursos
para a educação infantil e o ensino
médio. Além disso, o governo federal aportará mais recursos no
Fundeb porque cumprirá a legislação vigente quanto à forma do
cálculo do custo aluno/ano. Essa
medida melhorará a distribuição
regional de recursos financeiros
para a educação, uma vez que ampliará o número de Estados que
receberão ajuda da União.
O aporte de mais recursos financeiros à educação se dará,
também, pelo aumento do percentual de 5% para 7% do PIB.
Haverá incentivo para a criação
de centros de formação permanente e aperfeiçoamento para os
profissionais da educação, por Estado ou região, articulados com as
universidades e os sistemas públicos de educação.
Está prevista a implantação do
piso salarial nacional para os trabalhadores da educação, bem como a progressão funcional fundada na titulação, na experiência e
no desempenho aferido pelos
compromissos apontados pelo
projeto político-pedagógico.
Vale lembrar, ainda, a implantação de um programa de laboratórios de informática, bibliotecas
e salas multimídia nas escolas públicas de educação básica.
O acesso à escola e os bons resultados dos alunos estão relacionados à renda das famílias dos estudantes. Como a melhoria da renda
média e da redistribuição de renda
é um processo lento, como auxiliar
os estudantes mais pobres? De onde tirar recursos para incrementar
programas de alimentação escolar
e o Bolsa-Escola?
Os recursos para o programa Bolsa-Escola sairão do Fundo de
Combate à Pobreza, aprovado pelo Congresso. Os recursos para a
merenda escolar estão incluídos
no Programa de Combate à Fome, dentro do tema inclusão social do programa de governo Coligação Lula Presidente.
O seu governo pretende, de algum modo, fazer com que os estudantes da universidade pública paguem por seus estudos (por meio
de mensalidades, pagamento depois da formatura dos estudantes
ou por meio de aumento da alíquota do Imposto de Renda de quem
estudou ou se formou em universidade pública)?
A universidade pública continuará gratuita, sem qualquer pagamento de mensalidades ou descontos por meio de impostos.
Newton Lima, prefeito de São Carlos e
coordenador do programa de educação
da Coligação Lula Presidente, respondeu
às perguntas pelo candidato de seu partido.
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