São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2006

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Mantega afirma que meta fiscal não será alterada

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a responsabilidade fiscal não será "aprofundada" num eventual segundo mandato, indicando que não haverá cortes de gastos da União.
Segundo o ministro, o ajuste fiscal já foi feito e não há necessidade de ampliar o corte de despesas, embora tenha reafirmado que o superávit primário (receita menos despesas, excluído o pagamento dos juros da dívida) será mantido em 4,25% do PIB.
Em encontro com um grupo de intelectuais e economistas no Rio, ligados especialmente à UFRJ, Mantega ouviu sugestões sobre a questão tributária, investimentos em infra-estrutura, entre outros temas. Prometeu reunir-se com o grupo após as eleições.
Para que o evento não fosse caracterizado como eleitoral em horário de expediente, o encontro ocorreu durante o almoço. Estavam presentes os economistas Maria da Conceição Tavares, Fábio Erber Fernando Cardin e José Luís Fiori (todos da UFRJ), o físico Luiz Pinguelli Rosa e o reitor da Universidade Cândido Mendes, Cândido Mendes de Almeida, entre outros.
Mantega chegou ao restaurante às 13h15. Deixou o local às 16h45.
Antes, em entrevista, ele criticou a proposta do candidato tucano, Geraldo Alckmin, de realizar um corte de gastos adicional de 3% do PIB, classificando-o de "política ortodoxa" que levará à redução do investimento em programas sociais.
Mantega admitiu que, no "primeiro momento", a visão desenvolvimentista do governo Lula ficou "obscura" em razão da necessidade de combate à inflação e ao desequilíbrio fiscal. Na época, foi adotada uma política de "transição", disse, "mas agora a postura desenvolvimentista está ganhando contornos". (PEDRO SOARES)


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