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Mantega afirma que meta fiscal não será alterada
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, afirmou
ontem que a responsabilidade fiscal não será "aprofundada" num eventual
segundo mandato, indicando que não haverá cortes de gastos da União.
Segundo o ministro, o
ajuste fiscal já foi feito e
não há necessidade de ampliar o corte de despesas,
embora tenha reafirmado
que o superávit primário
(receita menos despesas,
excluído o pagamento dos
juros da dívida) será mantido em 4,25% do PIB.
Em encontro com um
grupo de intelectuais e
economistas no Rio, ligados especialmente à
UFRJ, Mantega ouviu sugestões sobre a questão
tributária, investimentos
em infra-estrutura, entre
outros temas. Prometeu
reunir-se com o grupo
após as eleições.
Para que o evento não
fosse caracterizado como
eleitoral em horário de expediente, o encontro ocorreu durante o almoço. Estavam presentes os economistas Maria da Conceição Tavares, Fábio Erber
Fernando Cardin e José
Luís Fiori (todos da
UFRJ), o físico Luiz Pinguelli Rosa e o reitor da
Universidade Cândido
Mendes, Cândido Mendes
de Almeida, entre outros.
Mantega chegou ao restaurante às 13h15. Deixou
o local às 16h45.
Antes, em entrevista, ele
criticou a proposta do candidato tucano, Geraldo
Alckmin, de realizar um
corte de gastos adicional
de 3% do PIB, classificando-o de "política ortodoxa" que levará à redução
do investimento em programas sociais.
Mantega admitiu que,
no "primeiro momento", a
visão desenvolvimentista
do governo Lula ficou
"obscura" em razão da necessidade de combate à inflação e ao desequilíbrio
fiscal. Na época, foi adotada uma política de "transição", disse, "mas agora a
postura desenvolvimentista está ganhando contornos".
(PEDRO SOARES)
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