São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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Ex-governador de MG diz que gestão era autônoma

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmou, por e-mail, que os gastos de publicidade de sua gestão em Minas "eram geridos por setores específicos e autônomos do governo". Na mesma linha, apontou autonomia do setor financeiro de sua campanha à reeleição ao governo em 1998 ao negar participação no suposto esquema do valerioduto tucano.
Sobre as cinco auditorias que indicaram despesas irregulares de publicidade no seu governo, ele citou que três delas ocorreram na gestão do sucessor e adversário político, Itamar Franco (PMDB), e que "se referem a questões burocráticas".
A assessoria do senador destacou que o único dos sete conselheiros do TCE-MG -órgão que julgará o prejuízo- que assumiu durante seu governo foi o ex-deputado estadual Simão Toledo, indicado pela Assembléia Legislativa.
Azeredo declarou que SMPB e DNA "eram as maiores agências do Estado e venceram licitações legais".
A dimensão das agências de Valério também foi citada em nota enviada à Folha pela assessoria de imprensa de Aécio Neves, ao comentar a atuação das agências do empresário na gestão do atual governador.
"SMPB e DNA foram, durante muitos anos, duas das maiores agências de Minas. Na área pública atenderam diferentes administrações estaduais e federais. Na esfera federal, a SMPB atendeu os Correios no governo Itamar Franco. Atenderam também algumas das principais empresas de Minas", diz trecho da nota.
O governo de Minas apontou que foi o TCE que concluiu pela redução dos valores de danos ao erário relacionados nas auditorias da Fazenda estadual.
A Folha procurou o TCE e o conselheiro Wanderley Ávila, relator do processo sobre as despesas publicitárias de Azeredo. Enviou e-mail na quarta, que não foi respondido.
A Folha procurou o advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário Marcos Valério, mas ele não respondeu recados deixados em seu celular. Os outros ex-sócios da SMPB e da DNA não foram localizados. O instituto Vox Populi não respondeu a e-mail enviado na semana passada com questões sobre os resultados das auditorias. (TG)


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