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Ex-governador de MG diz que gestão era autônoma
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O senador Eduardo Azeredo
(PSDB-MG) afirmou, por e-mail, que os gastos de publicidade de sua gestão em Minas
"eram geridos por setores específicos e autônomos do governo". Na mesma linha, apontou
autonomia do setor financeiro
de sua campanha à reeleição ao
governo em 1998 ao negar participação no suposto esquema
do valerioduto tucano.
Sobre as cinco auditorias que
indicaram despesas irregulares
de publicidade no seu governo,
ele citou que três delas ocorreram na gestão do sucessor e adversário político, Itamar Franco (PMDB), e que "se referem a
questões burocráticas".
A assessoria do senador destacou que o único dos sete conselheiros do TCE-MG -órgão
que julgará o prejuízo- que assumiu durante seu governo foi
o ex-deputado estadual Simão
Toledo, indicado pela Assembléia Legislativa.
Azeredo declarou que SMPB
e DNA "eram as maiores agências do Estado e venceram licitações legais".
A dimensão das agências de
Valério também foi citada em
nota enviada à Folha pela assessoria de imprensa de Aécio
Neves, ao comentar a atuação
das agências do empresário na
gestão do atual governador.
"SMPB e DNA foram, durante muitos anos, duas das maiores agências de Minas. Na área
pública atenderam diferentes
administrações estaduais e federais. Na esfera federal, a
SMPB atendeu os Correios no
governo Itamar Franco. Atenderam também algumas das
principais empresas de Minas",
diz trecho da nota.
O governo de Minas apontou
que foi o TCE que concluiu pela redução dos valores de danos
ao erário relacionados nas auditorias da Fazenda estadual.
A Folha procurou o TCE e o
conselheiro Wanderley Ávila,
relator do processo sobre as
despesas publicitárias de Azeredo. Enviou e-mail na quarta,
que não foi respondido.
A Folha procurou o advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário Marcos
Valério, mas ele não respondeu
recados deixados em seu celular. Os outros ex-sócios da
SMPB e da DNA não foram localizados. O instituto Vox Populi não respondeu a e-mail
enviado na semana passada
com questões sobre os resultados das auditorias.
(TG)
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