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Gil dá sinais de que ficará no segundo mandato
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, aludiu ontem à possibilidade de permanecer no cargo. Em cerimônia pública no
Rio, quando anunciava uma
provisão extra de verbas para
projetos culturais, ele encerrou
seu discurso dizendo: "Ano que
vem estaremos juntos. Ano que
vem teremos mais". Momentos
antes, representantes da Petrobras, que anunciou verbas para
a Cultura, tinham solicitado
discretamente ao ministro que
permaneça no cargo para o segundo governo Lula.
Cercado pela imprensa, o ministro disse que não falaria,
pois estava atrasado para pegar
um vôo para Brasília. "Estou indo para lá justamente por causa
disso", afirmou.
Gil já havia anunciado que
estava cansado e que pretendia
deixar o ministério, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o pediu para continuar no
segundo mandato. Em uma
conversa no começo de dezembro no Palácio do Alvorada, Lula apresentou o convite mas
não recebeu uma resposta definitiva do seu ministro.
"Tudo é possível, mas nosso
acerto é que vamos continuar
conversando. Não há nada definido", afirmou à época. "Disse a
ele que não posso dar ainda
uma resposta. Tenho que examinar melhor", justificou.
No início de novembro, em
uma cerimônia da entrega da
Ordem do Mérito Cultural, o
ministro ouviu um coro de 500
artistas e outras personalidades do meio para que ficasse.
Ontem, Gil fez elogios à conduta da Petrobras. "A Petrobras é hoje a maior financiadora de cultura do Brasil e graças
a ela estamos lançando mais
uma primavera de editais para
a cultura", declarou.
Produtores culturais de diversas áreas -cinema, teatro,
música e literatura- participaram da cerimônia de anúncio
da verba extra, que pareceu um
balanço do governo Lula na
Cultura. Gil classificou a verba
de última hora da Petrobras como um "presente-investimento". O presidente Lula receberá
o ministro hoje, às 9h.
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