DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado do publicitário Duda Mendonça, o criminalista Tales Castelo Branco, disse ontem à Folha que seu cliente não conhece as contas citadas pela Polícia Federal no interrogatório feito em Salvador no início deste mês, que, segundo a polícia, receberam recursos do publicitário.
Segundo Castelo Branco, as três contas não são de Duda Mendonça, de sócios dele ou de pessoas ligadas a ele.
Duda já afirmou que recebeu R$ 10,5 milhões por meio da Dusseldorf, uma "offshore" com sede nas Bahamas, e incorporou esse montante ao seu patrimônio. Segundo ele, a "offshore" foi criada em 2003 para receber dinheiro do PT.
Castelo Branco afirma que seu cliente "não sabe como o banco agiu" para incorporar esses R$ 10,5 milhões.
"O banco pode ter aberto essas contas para incorporar esse dinheiro ao patrimônio de Duda", aventa o advogado.
De acordo com Castelo Branco, o banco pode ter agido de maneira autônoma.
"Duda nunca deu autorização para o banco abrir essas contas. Ele autorizou, sim, o banco a pagar outras pessoas", afirmou o advogado.
O advogado, no entanto, diz que não sabe informar quem são as pessoas que receberam recursos dessa conta de Duda.


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