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LISTA DE FURNAS
Para técnicos, trabalho não apurou denúncias
Auditoria contratada por Furnas foi insuficiente, diz executivo da CGU
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-executivo da CGU
(Controladoria Geral da União),
Jorge Hage Sobrinho, afirmou
ontem que os técnicos do órgão
consideraram a "auditoria externa contratada por Furnas absolutamente insuficiente para checar
as denúncias de um suposto esquema de caixa dois" que estaria
instalado na estatal.
Em entrevista à Folha, Hage
disse que a própria contratação da
Ernst & Young para fazer o trabalho será investigada pela CGU, já
que foi feita sem a sua autorização, o que está previsto em lei.
A CGU chefia uma auditoria para apurar denúncias de um suposto esquema de arrecadação de caixa dois na estatal, sob o comando
do ex-diretor Dimas Toledo.
Dimas nega. Como também refuta ser o autor da lista que aponta
156 políticos como beneficiários
do suposto esquema que teria girado R$ 40 milhões em 2002.
Em depoimento à CPI dos Correios, Dimas fez referência à contratação da Ernst & Young. A Folha apurou que, ao apresentar o
relatório, a Ernst & Young informou que o levantamento não seguiu as normas de auditoria normalmente aceitas. Hage não quis
comentar o relatório.
O trabalho da equipe da CGU
em Furnas será "seletivo", segundo Hages. A análise será feita em
contratos escolhidos pela expressão de valores e por eventuais suspeitas fundadas "na fragilidade
dos controles adotados". Em outra linha, a CGU analisará os contratos que "empreiteiras, empresas de consultoria e agências de
publicidade" apontadas na lista
mantêm com Furnas. Seriam elas
as fontes do suposto caixa dois.
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