São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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LISTA DE FURNAS

Para técnicos, trabalho não apurou denúncias

Auditoria contratada por Furnas foi insuficiente, diz executivo da CGU

ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-executivo da CGU (Controladoria Geral da União), Jorge Hage Sobrinho, afirmou ontem que os técnicos do órgão consideraram a "auditoria externa contratada por Furnas absolutamente insuficiente para checar as denúncias de um suposto esquema de caixa dois" que estaria instalado na estatal.
Em entrevista à Folha, Hage disse que a própria contratação da Ernst & Young para fazer o trabalho será investigada pela CGU, já que foi feita sem a sua autorização, o que está previsto em lei.
A CGU chefia uma auditoria para apurar denúncias de um suposto esquema de arrecadação de caixa dois na estatal, sob o comando do ex-diretor Dimas Toledo.
Dimas nega. Como também refuta ser o autor da lista que aponta 156 políticos como beneficiários do suposto esquema que teria girado R$ 40 milhões em 2002.
Em depoimento à CPI dos Correios, Dimas fez referência à contratação da Ernst & Young. A Folha apurou que, ao apresentar o relatório, a Ernst & Young informou que o levantamento não seguiu as normas de auditoria normalmente aceitas. Hage não quis comentar o relatório.
O trabalho da equipe da CGU em Furnas será "seletivo", segundo Hages. A análise será feita em contratos escolhidos pela expressão de valores e por eventuais suspeitas fundadas "na fragilidade dos controles adotados". Em outra linha, a CGU analisará os contratos que "empreiteiras, empresas de consultoria e agências de publicidade" apontadas na lista mantêm com Furnas. Seriam elas as fontes do suposto caixa dois.


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