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Empresa diz que
foi a Waldomiro
durante transição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma "grande dificuldade"
em conhecer a equipe de
transição de governo do PT
(outubro a dezembro de
2002) serviu como o principal motivo de aproximação
entre executivos da GTech e
Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil flagrado em vídeo de 2002 pedindo propina a um empresário do ramo de jogos.
Segundo a Folha apurou,
essa foi a explicação dada
por Antonio Carlos Lino Rocha, ex-presidente da
GTech, e Marcelo Rovai, diretor de marketing da empresa, à Polícia Federal, ao
Ministério Público Federal e
a membros da comissão de
sindicância do Planalto que
investiga a atuação de Waldomiro no governo federal.
Os três meses de atuação
da equipe de transição do
atual presidente Luiz Inácio
Lula da Silva coincidiram
com a fase mais agressiva de
negociação entre a Caixa
Econômica Federal e a
GTech. Em pauta estava a renovação do contrato com a
multinacional para a operação do sistema lotérico.
Durante cerca de três meses, integrantes do então governo Fernando Henrique
Cardoso e petistas compartilharam o funcionamento
dos ministérios e autarquias.
No caso dos diálogos entre
Caixa e GTech, porém, não
houve acompanhamento
dos futuros responsáveis.
Por diversas vezes, a atual diretoria da Caixa negou conhecer a renegociação durante o período de transição.
Os executivos da GTech
dizem que tentaram conversar com os petistas, apresentar a empresa e seus propósitos, mas não conseguiram.
Nos depoimentos, não descem a detalhes, mas a Folha
apurou que eles tentaram
agendar encontros por mais
de uma vez, sem sucesso.
Na avaliação de Rovai e Lino Rocha, isso criou expectativa sobre a postura que o
futuro governo adotaria em
relação ao contrato. Por isso,
quando o empresário Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, propôs, em janeiro de 2003, um encontro
com um representante da
Casa Civil, os executivos não
apresentaram objeção.
É para Cachoeira que Waldomiro pede propina de 1%
em vídeo divulgado em fevereiro. Os dois se conheciam
desde a gestão do ex-assessor do Planalto na Loterj
(Loterias do Estado do Rio).
(IURI DANTAS)
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