São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

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CONGRESSO

João Magno (PT) pode escapar; Wanderval (PL) tem situação mais difícil

Câmara vota cassação de mais dois

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mais dois deputados envolvidos no escândalo do "mensalão" enfrentam hoje o plenário da Câmara, ambos com a cassação recomendada pelo Conselho de Ética: João Magno (PT-MG) e Wanderval dos Santos (PL-SP).
Dificilmente o parecer do conselho será respeitado nos dois casos. Magno, especialmente, tem grande chance de escapar. Seu caso é muito parecido com os de Robert Brant (PFL-MG) e Romeu Queiroz (PTB-MG), absolvidos.
O petista é acusado de ter recebido R$ 426 mil da empresa SMPB, do publicitário Marcos Valério de Souza. O dinheiro, não contabilizado, destinava-se a cobrir custos da campanha de Magno a prefeito de Ipatinga (MG), em 2004. Ontem, no plenário, Magno tentava conquistar votos.
O petista tem a seu favor o mesmo "fator simpatia" que salvou o mandato de Brant. É considerado por muitos um deputado honesto que teria sido induzido a erro.
A situação de Wanderval é mais difícil. A acusação contra ele é a de ter "terceirizado" o mandato, sacando recursos do "valerioduto" por ordem do ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou no ano passado. Rodrigues, na época, era coordenador político da Igreja Universal, posição que lhe daria ascendência sobre os mandatos de outros membros da igreja, como Wanderval.
Resolvidos os dois casos, ficarão faltando cinco processos.


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