São Paulo, domingo, 22 de março de 2009

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DATAFOLHA

Tarso e Fogaça disputam
liderança no RS

Empatados, petista tem 30% e peemedebista, 27%; atual governadora, Yeda (PSDB) fica em 3º, com 9%

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A pouco mais de 18 meses das eleições, pesquisa Datafolha realizada no Rio Grande do Sul mostra que a governadora Yeda Crusius (PSDB) está em terceiro lugar na disputa, atrás do ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), e do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB).
Nos quatro cenários pesquisados pelo Datafolha, os prováveis candidatos do PT e do PMDB -partidos que antecederam o PSDB no governo gaúcho- se revezam na dianteira das intenções de votos. Yeda aparece em terceiro, com percentuais que oscilam de 8% a 9% das intenções de votos.
A tucana, primeira mulher eleita como governadora no Estado, enfrenta uma crise política alimentada por denúncias de corrupção contra ela e integrantes de seu governo desde novembro de 2007, quando a Polícia Federal prendeu 13 pessoas suspeitas de participar de uma fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran gaúcho.
"A regra ultimamente é o governador sair na frente. A posição de Yeda certamente é reflexo do noticiário negativo", afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
No primeiro cenário, Tarso aparece com 30%, seguido por Fogaça, com 27%. Trata-se de um empate técnico. Yeda aparece com 9%, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) tem 6%, o vice-governador Paulo Feijó (DEM) alcança 2% e o vereador Pedro Ruas (PSOL) foi o escolhido por 1%.
Fogaça aparece em vantagem, com 30%, quando a opção do PT é o ex-governador Olívio Dutra, que soma 24%. Na simulação, os percentuais de Yeda e Beto Albuquerque se mantêm.
No cenário de disputa mais acirrada, Tarso atinge 33% de preferência nos municípios da região metropolitana de Porto Alegre, onde o PT conquistou a hegemonia nas últimas eleições. Na capital, tem 28%.
Já o percentual de intenção de voto em Fogaça varia menos: na capital tem 26%; no interior, 27%. A governadora Yeda Crusius tem o seu melhor desempenho fora da capital e da região metropolitana, chega a 10% no interior.
A ligeira vantagem do ministro da Justiça sobre o prefeito de Porto Alegre se dá fundamentalmente entre os eleitores que ganham até cinco salários mínimos. Neste estrato, o petista tem 30% contra 26% do peemedebista.

Outros cenários
Nos outros dois cenários, quando o possível candidato do PMDB é o também ex-governador Germano Rigotto, a vantagem dos petistas aumenta. Tarso alcança 32%, 14 pontos à frente de Rigotto (18%).
Com os dois ex-governadores na disputa, Olívio Dutra tem 27%, contra 20% de Rigotto. Nas quatro simulações feitas pelo Datafolha, varia de 11% a 13% o total de eleitores que declaram intenção de votar em branco ou anular o voto.
Com um quadro indefinido sobre os prováveis concorrentes ao governo, nenhum deles se destaca na pesquisa espontânea, levantamento em que o entrevistado cita o nome de sua preferência sem que lhe sejam apresentadas opções.
Na espontânea, dois em cada três eleitores consultados (67%) afirmam não saber em quem votarão nas eleições para governador em 2010.


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