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Pré-candidata do PT se irrita com tradutora e a chama de "minha santa"
DA ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK
DE NOVA YORK
Problemas com uma tradutora na coletiva de imprensa irritaram ontem a
pré-candidata petista em
Nova York. Dilma Rousseff
chegou a chamar a tradutora
de "minha santa".
Dilma, que preferiu falar
em português, chegou a elogiar o primeiro tradutor. A
partir da metade da entrevista, a tradução ficou por conta
da angolana Marísia Lauré.
Questionada sobre o delicado tema da autonomia do
Banco Central, Dilma falou
da "autonomia operacional"
do órgão. Lauré esqueceu
uma das palavras e Dilma
completou, em inglês: "operational autonomy".
Dilma passou a falar sobre
privatizações e as empresas
que acredita que deviam permanecer públicas, como Petrobras, Eletrobras, as do setor elétrico e bancos públicos. A tradutora esperou que
a convidada concluísse a frase para traduzir. Ao final,
Dilma conferiu com a plateia: "Não faltou [o trecho]
da Petrobras?".
Na frase seguinte, a petista
ouviu o início da tradução e,
achando que havia erro, interrompeu Lauré. "No, no,
no. Yes, yes, yes", emendou,
ao se dar conta de que a frase
traduzida estava correta, arrancando risos da plateia.
Na pergunta seguinte,
Lauré trocou "redução da dívida" por "redução de impostos". Dilma a interrompeu: "Copia, minha santa, eu
vou falar". Nesse momento,
a organização trouxe de volta o tradutor anterior.
Ao final, Lauré e Dilma se
abraçaram. A tradutora pediu desculpas. "Você trabalha muito bem", disse Dilma.
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