|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DANÇANDO NO ESCURO
Festa de são João, na casa de José Jorge, foi à luz de candeeiro
Sucessão, apagão e chuva viram
tema de festa junina de ministro
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
OTÁVIO CABRAL
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
A festa era de são João, mas as
preces do anfitrião e dos convidados estavam voltadas para
são Pedro. Dentro do espírito
do racionamento de energia,
neste ano, a tradicional festa junina promovida pelo ministro
José Jorge (Minas e Energia) e
sua mulher, Maria do Socorro,
foi à luz de candeeiros.
No escuro, o vice-presidente
Marco Maciel fazia prognósticos otimistas sobre as chuvas e
previa que, com o abrandamento da crise da energia elétrica no
próximo ano, o PMDB não desembarcaria do governo. Para
ilustrar seu raciocínio, contou
uma piada de português.
"Quando disseram ao português que o avião em que ele viajava estava caindo, ele respondeu: E daí? O avião não é meu."
Maciel está certo de que o
PMDB, assim como o português
do avião, vai perceber que sua
sobrevivência está em jogo e
permanecer na aliança.
O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, foi recebido
como pré-candidato a presidente da República. Praticamente
forçado pelo puxador da quadrilha a dançar com a deputada
Ester Grossi (PT-RS), não escondeu o desconforto.
""Danço muito mal", admitiu
depois. Assediado por jornalistas, ele comentou o estímulo
que Fernando Henrique Cardoso teria dado à sua pré-candidatura no mesmo dia. ""É que somos muitos. Pode ter um [candidato" a cada dia", disse.
Do PSDB, estavam ainda os
senadores Pedro Piva (SP) e Antero Paes de Barros (MT).
Não havia nenhum peemedebista no forró do José Jorge, mas
um deles foi muito lembrado
-e criticado: o líder do PMDB
na Câmara, Geddel Vieira Lima
(BA), que horas antes havia se
desentendido com Serra e com
o secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira.
Texto Anterior: Aécio assume o Planalto por três dias, com FHC e Maciel em viagem Próximo Texto: Planalto e STJ comemoram limitação a MPs Índice
|