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GOVERNO
Em Paris, senador diz que atacou presidente do órgão
ACM nega ter atacado Supremo em polêmica da CPI dos Bancos
HAROLDO CERAVOLO SEREZA
de Paris
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse ontem em
Paris não ter atacado o Supremo
Tribunal Federal, na polêmica em
torno da CPI dos Bancos. "Não
ataco a instituição, mas o presidente da instituição, que quer desmoralizar o Congresso Nacional",
afirmou.
Na semana passada, ACM, presidente do Senado, se envolveu numa polêmica com o presidente do
STF, Carlos Velloso, após o ministro Sepúlveda Pertence conceder
liminar impedindo a quebra de sigilo bancário do ex-presidente do
Banco Central Francisco Lopes. O
presidente da comissão, senador
Bello Parga (PFL-MA), deve recorrer da decisão.
Para ACM, o STF atrapalhou a
ação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Ele propôs, então, que fosse mudada a Constituição, para "tornar claro" os poderes
da comissão.
Ontem, o PT divulgou nota criticando ACM, questionando qual o
interesse do senador em provocar
crises institucionais e chamando-o
de "sombra da República".
"Não entendi nada", disse ACM.
"O José Dirceu (presidente do PT)
me procurou na sexta-feira, querendo conversar comigo", disse.
"Acho que deve haver alguma dúvida na cabeça dele, que pretendo
explicar na volta."
ACM diz não ter sido procurado
nem por Jorge Bornhausen (presidente do PFL) nem pelo vice-presidente da República, Marco Maciel,
com o objetivo de mediar o conflito entre ele e Velloso.
O presidente Fernando Henrique Cardoso teria conversado com
Velloso e pedido aos pefelistas que
falassem com ACM.
"O presidente tem meu telefone e
fala comigo quando quiser. Acho
que não precisa de intermediários", disse. Para ACM, se FHC ouviu Velloso, teria de falar com o
presidente do Senado também, para conhecer sua versão da história
-e não apenas a do "lobo".
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