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OUTRO LADO
Defesa acha que prisão pode ter motivo político
DA AGÊNCIA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O advogado de Cícero Lucena Filho, Walter Agra, disse que a prisão do seu cliente
foi um ato "sensacionalista e
arbitrário". "Só uma razão
pode aflorar numa hora dessas: política."
Ele disse que os contratos e
a execução das obras foram
analisados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e
que não foram encontradas
irregularidades.
Sobre as cessões contratuais apontadas como irregulares pela CGU e o caso
envolvendo a Coesa, Agra
disse que os atos da prefeitura estavam amparados pelo
decreto-lei 2.300 (que regia
as licitações e contratos no
âmbito da União).
O secretário-geral do Diretório Estadual do PSDB na
Paraíba, João Fernandes da
Silva, classificou a prisão do
correligionário como "desnecessária". Ex-prefeito de
João Pessoa (1997-2000 e
2001-2004), Lucena Filho,
47, também é presidente do
partido no Estado, além de
secretário do governo de
Cássio Cunha Lima (PSDB).
"É uma ação de caráter jurídico, mas fundada em caráter político. Cícero estava
respondendo às investigações, prestando todos os esclarecimentos, sem nenhuma possibilidade de obstruir
qualquer investigação."
O advogado Nazareno
Weimar Thé, um dos defensores do engenheiro Marcelo José Queiroga Maciel, disse que seu cliente é integrante do Clube de Tiro na Paraíba e que tem autorização do
Exército para ter armas na
sua residência.
A reportagem não conseguiu contato ontem com o
outro defensor de Maciel,
que acompanhava o depoimento dele na Polícia Federal em João Pessoa.
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