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Sindicatos mantêm greve marcada para hoje
SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O reajuste linear de 3,5% para o
funcionalismo não mudou os planos dos sindicatos de servidores.
Eles mantiveram a greve marcada
para hoje. Os servidores querem
reajuste de 75,48%, cálculo que
apresentaram para as perdas acumuladas de 1995 a 2000.
Em reunião realizada ontem à
noite, a Cnesf (Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais), órgão responsável pelo comando da greve,
confirmou a proposta de paralisação por tempo indeterminado.
A Cnesf considera que, após
quase sete anos sem reajuste linear, não bastam os 3,5% anunciados pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso. "Essa proposta é uma brincadeira e nos motiva
para a greve", disse Ednaldo Pereira, membro da Cnesf.
Professores
As primeiras categorias a aderir
à greve foram os professores das
universidades federais e os servidores do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Justiça. Em quatro Estados -São Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro-, os servidores da Justiça decidiram pela greve.
Das 56 instituições federais de
ensino superior, seis já deflagraram greve. De acordo com Roberto Leher, presidente da Andes
(Sindicato Nacional dos Docentes
das Instituições de Ensino Superior), o comando nacional de greve se reunirá em Brasília no próximo dia 23 e a expectativa é que os
professores de mais 37 instituições engrossem a greve.
Além da pauta geral de reivindicações dos servidores públicos federais, os professores querem a
incorporação de gratificações ao
salário e a manutenção da estabilidade e das atuais regras de aposentadoria.
Para Luís Fernando Viegas, diretor do Sindicato Nacional do
IBGE, a perspectiva é a de que
80% dos funcionários do órgão
em todo o Brasil parem já no primeiro dia, pois quase todas as assembléias nos Estados decidiram
pela greve.
Banco Central
Os funcionários do Banco Central realizam assembléia pela manhã para decidir se entram em
greve junto com os servidores públicos federais.
Há 14 dias em greve, os funcionários da Previdência Social paralisaram os postos em 20 Estados e
no Distrito Federal. Segundo a Fenasps (Federação Nacional dos
Sindicatos de Trabalhadores em
Saúde, Trabalho, Previdência e
Assistência Social), em Porto Alegre, Florianópolis, Recife, João
Pessoa, Manaus, Salvador, Fortaleza, Goiânia e Natal todos os funcionários estão parados. Em São
Paulo, 95% dos funcionários aderiram ao movimento.
Também estão em greve os funcionários das universidades federais. De acordo com a Fasubra
(Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades
Brasileiras), a paralisação já atinge 41 universidades.
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