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PFL e PMDB criticam 3,5% para servidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PFL e o PMDB, dois dos principais partidos da base de sustentação do governo, se aliaram ontem à oposição e atacaram a proposta de reajuste linear de 3,5%
dos salários dos servidores públicos federais. As duas siglas prometem aumentar esse índice
quando o projeto for discutido no
Congresso.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), disse que o partido não
aceita o índice anunciado por Fernando Henrique Cardoso. "Isso é
muito pouco. É um desestímulo
ao servidor público, que está há
sete anos sem aumento e acumula
perdas salariais de 75%", afirmou.
"Dificilmente essa proposta satisfará a comissão", disse o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Carlos Bezerra
(PMDB-MT), que criará um grupo para estudar fontes para pagar
um reajuste maior.
Os congressistas temem que o
baixo índice concedido aos funcionários públicos influencie o
aumento do salário mínimo, que
também estará no projeto de Orçamento da União de 2002, a ser
enviado ao Congresso na próxima semana. Parlamentares dizem
que, segundo informações de técnicos do governo, o mínimo não
deverá ter aumento real.
Segundo Inocêncio, os congressistas vão encontrar no Orçamento de 2002 meios para bancar um
reajuste maior para os servidores.
"É sempre assim: os alquimistas
do governo escondem os recursos, mas nós os achamos", ironizou. ""Esse é o problema. O Congresso aumenta receita, essa receita não se concretiza e o governo é acusado de contingenciar
gastos", rebateu o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira
(PSDB-SP). "Ficou evidente que o
governo colocou o cobertor curto
no Congresso: ou damos aumento para os servidores ou para o
mínimo", afirmou o líder do PT
na Câmara, Walter Pinheiro (BA).
(LUIZA DAMÉ)
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