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Procurador-geral critica atuação de Promotoria
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza,
criticou ontem indiretamente a
atuação dos promotores que ouviram o advogado Rogério Buratti
ao afirmar que o Ministério Público deve ter "discrição e responsabilidade" em investigações.
Souza informou que irá requisitar a íntegra do depoimento prestado por Buratti na sexta-feira ao
Ministério Público do Estado de
São Paulo, já que o advogado citou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, que tem foro
privilegiado. Cabe ao procurador-geral solicitar procedimentos que
envolvam ministros de Estado, e
ao STF (Supremo Tribunal Federal), analisá-los.
Críticas à atitude adotada pelo
Ministério Público Estadual na divulgação à imprensa das acusações de Buratti também foram feitas por Palocci tanto na entrevista
de ontem em Brasília como em
nota na sexta-feira, quando falou
em "indiscrição" e "desrespeito às
regras jurídicas".
Garantias constitucionais
Para o procurador-geral da República, o "Ministério Público deve tratar suas investigações com
discrição e responsabilidade, tendo como base as garantias constitucionais asseguradas a todos os
cidadãos".
Souza informou ainda que pretende ler o depoimento prestado
por Buratti e analisar os tipos de
documento apresentados pelo
advogado relacionados ao ministro da Fazenda para definir se caberá algum tipo de providência.
Até ontem, o procurador-geral
havia tomado conhecimento das
declarações de Buratti apenas pela imprensa e por meio das informações dos promotores de Ribeirão Preto.
A Folha também procurou ontem à tarde o presidente do STF,
ministro Nelson Jobim, mas sua
assessoria de imprensa informou
que ele não se manifestaria. A assessoria reiterou que Jobim vem
dizendo nos últimos dias que não
cabe a ele comentar o caso.
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