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NO FOGO
Fatura será apresentada ao TCU
Benedita paga viagem com cheque pessoal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Assistência e
Promoção Social divulgou ontem
documentos que serão apresentados ao TCU (Tribunal de Contas
da União) em defesa da ministra
Benedita da Silva -entre eles
uma fatura da agência de viagens
Eurexpress atestando que ela pagou com um cheque pessoal a
quantia de R$ 4.816 por duas passagens de ida e volta (sua e de uma
assessora) a Buenos Aires.
A agência também emitiu uma
nota de crédito no valor de R$
4.636 em favor do ministério, relativa ao estorno do valor das passagens -há o acréscimo de um
imposto quando o pagamento é
feito por pessoa física.
A Assistência Social também divulgou declarações do Banco do
Brasil e da Subsecretaria de Planejamento do próprio ministério informando que não foram pagas
diárias relativas à viagem.
Esses documentos serão anexados pelo advogado da ministra,
Luiz Paulo Viveiros de Castro, ao
pedido de tomada de contas especial que vai encaminhar ao TCU.
A autorização da viagem publicada no "Diário Oficial" da União
menciona apenas um encontro
religioso. O principal motivo da
viagem, no final de setembro, segundo Benedita, seria um encontro com a ministra da Ação Social
da Argentina, Alicia Kirchner.
Castro disse que a confirmação
do encontro só ocorreu na véspera da viagem, mas que o pedido
de audiência é anterior.
Organizadores do 12º Café da
Manhã Anual da Oração enviaram uma carta ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva confirmando
que pagaram as diárias de hotel.
De acordo com a correspondência, o comitê organizador do
evento também se ofereceu para
pagar as passagens. Ela teria aceitado por uma conveniência de
horários -o encontro foi realizado muito cedo naquele hotel.
Segundo o advogado, a carta foi
protocolada na Embaixada do
Brasil em Buenos Aires no último
dia 17. O Planalto informou que
ainda não a recebeu.
Na carta, o comitê organizador
do encontro religioso afirma que
"o testemunho da ministra tocou
os participantes, que puderam
apreciar sua qualidade humana".
Senado
Em discurso no plenário, o senador Jefferson Péres (PDT-AM)
disse que Benedita deveria ser
"demitida" por cometer um "desvio ético".
"Não me venham defendê-la
me acusando de discriminação,
seja sexual -por ser mulher-,
seja racial -por ser negra-, seja
religiosa -por ser evangélica-,
seja social -por ser ex-favelada.
Mesmo se fosse homem, louro, de
olhos azuis, católico e ex-milionário, eu a condenaria."
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