São Paulo, quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

memória

Delegado de SP foi afastado após vazar foto

DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado da Polícia Federal de São Paulo, Edmilson Bruno, que descobriu o escândalo do dossiê após flagrar, em setembro de 2006, dois petistas com R$ 1,7 milhão em dinheiro, foi suspenso, perdeu a carteira funcional e o revólver. Só retornou à corporação um ano depois.
O que desencadeou a reação da polícia foi a atitude de Bruno de repassar para a imprensa, às vésperas do primeiro turno da eleição, fotos do dinheiro apreendido, contrariando ordem do Ministério da Justiça e da PF. A imagem era ruim para a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
À época, Bruno afirmou que sua decisão era uma resposta à PF, que o tirou do caso no dia seguinte à apreensão do dinheiro e à prisão dos petistas.
"Tudo o que foi feito contra Bruno foi perseguição política. Além dos processos, ele foi seguido na rua, foi pressionado sempre", disse o presidente do sindicato de delegados da PF-SP, Amauri Portugal.
Bruno foi acionado na Justiça por quebra de sigilo. A Procuradoria da República arquivou a ação por entender que o valor total apreendido já era público. Há ainda uma sindicância por quebra de hierarquia. Da Delefin (Delegacia de Crimes Financeiros), Bruno foi transferido para a delegacia Marítima. "Não há desprestígio, todos os cargos são importantes", afirmou Amauri Portugal.


Texto Anterior: PF investigará doação de laranjas ao PT
Próximo Texto: Lacerda quer unificar serviços de inteligência do governo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.