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memória
Delegado de SP foi afastado após vazar foto
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado da Polícia
Federal de São Paulo, Edmilson Bruno, que descobriu o escândalo do dossiê
após flagrar, em setembro
de 2006, dois petistas com
R$ 1,7 milhão em dinheiro,
foi suspenso, perdeu a carteira funcional e o revólver. Só retornou à corporação um ano depois.
O que desencadeou a
reação da polícia foi a atitude de Bruno de repassar
para a imprensa, às vésperas do primeiro turno da
eleição, fotos do dinheiro
apreendido, contrariando
ordem do Ministério da
Justiça e da PF. A imagem
era ruim para a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
À época, Bruno afirmou
que sua decisão era uma
resposta à PF, que o tirou
do caso no dia seguinte à
apreensão do dinheiro e à
prisão dos petistas.
"Tudo o que foi feito
contra Bruno foi perseguição política. Além dos processos, ele foi seguido na
rua, foi pressionado sempre", disse o presidente do
sindicato de delegados da
PF-SP, Amauri Portugal.
Bruno foi acionado na
Justiça por quebra de sigilo. A Procuradoria da República arquivou a ação
por entender que o valor
total apreendido já era público. Há ainda uma sindicância por quebra de hierarquia. Da Delefin (Delegacia de Crimes Financeiros), Bruno foi transferido
para a delegacia Marítima.
"Não há desprestígio, todos os cargos são importantes", afirmou Amauri
Portugal.
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