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OUTRO LADO
Juiz e advogado do agente negam irregularidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Hermínio Alberto Marques Porto Jr., que
defende César Herman Rodriguez, diz que o empréstimo foi uma operação legal,
contabilizada no Imposto de
Renda de seu cliente.
"Ele, de fato, fez o empréstimo. Não é crime, pois se
tratava do pedido de um
amigo. Se estavam lavando
dinheiro do outro lado, isso
ele não sabia", diz Porto Jr.
"Não julgamos que era um
ato ilícito, tanto que, na defesa preliminar, alegamos que
foi uma operação legal, contabilizada no Imposto de
Renda dos dois", diz.
Ele diz que ao ser reintegrado à Polícia Federal, Rodriguez recebera o equivalente a US$ 300 mil, em moeda da época, em salários
atrasados. "O amigo pediu,
ele tinha o dinheiro e fez o
empréstimo", diz Porto Jr.
Em entrevista à Folha, publicada no dia 1º de novembro, o juiz Rocha Mattos
confirmou o telefonema dado a seu amigo Rodriguez.
"São trechos de conversas,
não tem nada que possa ser
interpretado nem mesmo
como indício de crime." Ele
comentou o telefonema do
empréstimo. "Há um trecho
em que parece que eu pergunto se ele pode me emprestar um dinheiro. Eu disse que declararia ao Imposto
de Renda. Eu não sei se ele
declarou, deve ter declarado", disse o juiz na ocasião.
(FV)
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