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ORÇAMENTO
Empenho permitirá o gasto em ano eleitoral
Governo promete liberar emendas de parlamentares e oposicionistas cedem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para completar a execução do
Orçamento deste ano, o governo
prometeu ontem à oposição a liberação parcial dos recursos reservados para obras e outras despesas incluídas pelos parlamentares. Segundo o acordo, os deputados e senadores oposicionistas
conseguirão o empenho (primeira etapa do processo de gasto público) de pelo menos 70% das
emendas orçamentárias -cada
um tem R$ 3,5 milhões em despesas incluídas no Orçamento.
O empenho permitirá ao governo fazer o gasto no ano eleitoral
de 2006, já que não haverá tempo
para a execução das emendas até
o fim do mês. No entanto, os parlamentares deverão pressionar o
Executivo novamente para garantir a efetiva liberação do dinheiro.
Para o PFL, partido mais agressivo na ameaça de obstrução às
votações do Orçamento, o governo acenou com um empréstimo
de R$ 80 milhões do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a
construção de uma ponte em Sergipe, governado pelo pefelista
João Alves. Graças ao entendimento, a oposição concordou em
não atrapalhar a votação de modificações orçamentárias na comissão representativa do Congresso. Anteontem, a comissão
votou projetos no valor de R$
9,766 bilhões, entre remanejamentos e recursos novos. Para
ontem, projetos remanescentes
somavam R$ 1,725 bilhão.
O exame dos projetos pela comissão resultou de manobra da
base governista, que não incluiu o
Orçamento de 2006 na pauta da
convocação. Com isso, pelo regimento, os temas orçamentários
ficaram a cargo da comissão formada por 17 deputados e 8 senadores. Do contrário, seria preciso
mobilizar pelo menos 257 dos 513
deputados e 41 dos 81 senadores.
Com a conclusão dos trabalhos, o
Orçamento deve entrar hoje na
pauta da convocação. O acordo
com a oposição não garante a votação do Orçamento de 2006.
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