São Paulo, sábado, 22 de dezembro de 2007

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Outro lado

Dirigentes negam poder sobre partidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Dos dez dirigentes encontrados pela Folha que exercem cargos em partidos simultaneamente com funções no governo federal, sete negaram que tenham influência nas decisões partidárias. Três não foram localizados pela reportagem.
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse que submeteu sua situação à Comissão de Ética Pública há cerca de seis meses, quando surgiram os primeiros questionamentos sobre a situação do ministro Lupi.
Paulo Bernardo afirmou que a comissão liberou seu trabalho no diretório por entender que sua função não configura a direção de um partido político.
A ministra Marta Suplicy informou, pela assessoria de imprensa, que compõe o diretório do PT, mas não participa das atividades partidárias. A mesma justificativa foi dada pelo conselheiro administrativo da Itaipu Binacional, João Vaccari Neto.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP), disse que resolveu consultar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República para saber se poderia permanecer no cargo. Segundo o presidente em exercício da Comissão, Marcílio Marques Moreira, no caso dele, assim como no de Bernardo e de Marta, não haveria impedimentos já que os petistas são membros do diretório do PT sem interferência nas decisões e Fortes é o oitavo vice-presidente.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, alegou, através de sua assessoria, que há sete meses não participa de reuniões no diretório do PMDB do Paraná e, portanto, não teria influência nas definições do rumo do partido do qual é membro.
O presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, afirmou que desde 2005 não aparece no diretório do PT. "Meu nome está lá, mas não tenho participação nenhuma. Até me inscrevi na chapa [de Ricardo Berzoini] na eleição, mas foi só para completar a chapa", disse.
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, André Figueiredo, relatou, por intermédio da assessoria, que avalia que não exista conflito em trabalhar para o governo e ser presidente do diretório estadual do PDT no Ceará. Disse ainda que não pretende deixar nenhum dos dois cargos. O caso dele será analisado pela Comissão de Ética.
O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, estão em viagem internacional e não foram encontrados. Já o secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, foi procurado no dia 5, mas até o fechamento desta edição não respondeu às perguntas. Eles são membros do diretório nacional do PT.


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