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"O São Paulo é que me aflige", afirma prefeito
DA REPORTAGEM LOCAL
Vida normal ontem na rotina do prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (DEM). Foi
o que ele tentou demonstrar,
apesar da cassação de seu
mandato por um juiz de primeira instância.
O prefeito chegou adiantado à inauguração de um Cras
(Centro de Referência e Assistência Social) na zona leste. Cumprimentou funcionários e assessores que o aguardavam, discursou e descerrou a placa. Tudo em pouco
menos de 30 minutos.
Encerrada a cerimônia,
enfrentou os repórteres. Disse que ninguém empurrasse
porque ele e sua vice, Alda
Marco Antônio (PMDB), falariam com todos.
"O que me deixou aflito
ontem foi a derrota do São
Paulo [por 2 a 0 para o Palmeiras]", brincou o são-paulino Kassab ao ser questionado se estava tranquilo quanto à permanência no cargo.
Respondeu às nove perguntas dos repórteres (só a
primeira sobre o evento).
Voltou a dizer que a questão
da cassação é técnica e que
confia na Justiça.
"Não está havendo acusação no campo moral, está havendo acusação [de] que não
é legal. O que existe, da parte
da Justiça Eleitoral, são posicionamentos diferentes, dizendo que são legais as doações, que já aconteceram até
na campanha de presidente."
A vice-prefeita (também
secretária de Assistência e
Desenvolvimento Social) insistiu que se trata de uma
questão técnica. "O juiz de
primeira instância julgou
que existe algum problema.
Vamos discutir isso na Justiça na instância superior."
(EVANDRO SPINELLI)
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