São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2005

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Articulações não paralisaram a máquina do governo, diz Dirceu

EDUARDO SCOLESE
JULIA DUAILIBI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), negou que tenha ocorrido uma paralisia do Executivo e da Câmara dos Deputados por conta das articulações envolvendo a reforma ministerial -foram quase quatro meses de conversas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados.
Em oposição à afirmação de Dirceu, Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara a partir de hoje, disse ontem que as articulações em torno da reforma prejudicaram a Câmara.
"É público e notório que nós da base aliada temos tido, nas últimas semanas, dificuldades frente à própria definição da pauta na Câmara. E também a oposição reclama disso", disse Chinaglia, no Planalto, após cerimônia na qual foi designado para o posto.
Sobre o Executivo, Dirceu disse que não há "enfraquecimento" dos ministros cotados para sair, mas que eles ganharam sobrevida. "Eles têm a delegação de poder e o apoio do presidente. Eu não vejo que os ministros ficariam enfraquecidos. Não houve interrupção de nenhum programa em nenhum ministério."
A seguir, citou Humberto Costa (Saúde), que, nas primeiras articulações, seria substituído por Ciro Gomes -mantido na Integração Nacional. "O ministro Humberto Costa está coordenando intervenção nos hospitais do Rio. Não vejo que nenhum ministério tenha parado de trabalhar."
Dirceu não polemizou em relação às ameaças do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que anteontem sugeriu a ida da sigla à oposição caso o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) não fosse para as Comunicações. Disse apenas que a nota, que aponta como de "competência privativa" de Lula a nomeação de ministros, resumia "tudo" sobre o caso.


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