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Articulações não paralisaram a máquina do governo, diz Dirceu
EDUARDO SCOLESE
JULIA DUAILIBI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro-chefe da Casa Civil,
José Dirceu (PT), negou que tenha ocorrido uma paralisia do
Executivo e da Câmara dos Deputados por conta das articulações
envolvendo a reforma ministerial
-foram quase quatro meses de
conversas entre o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e aliados.
Em oposição à afirmação de
Dirceu, Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara a
partir de hoje, disse ontem que as
articulações em torno da reforma
prejudicaram a Câmara.
"É público e notório que nós da
base aliada temos tido, nas últimas semanas, dificuldades frente
à própria definição da pauta na
Câmara. E também a oposição reclama disso", disse Chinaglia, no
Planalto, após cerimônia na qual
foi designado para o posto.
Sobre o Executivo, Dirceu disse
que não há "enfraquecimento"
dos ministros cotados para sair,
mas que eles ganharam sobrevida. "Eles têm a delegação de poder e o apoio do presidente. Eu
não vejo que os ministros ficariam enfraquecidos. Não houve
interrupção de nenhum programa em nenhum ministério."
A seguir, citou Humberto Costa
(Saúde), que, nas primeiras articulações, seria substituído por Ciro Gomes -mantido na Integração Nacional. "O ministro Humberto Costa está coordenando intervenção nos hospitais do Rio.
Não vejo que nenhum ministério
tenha parado de trabalhar."
Dirceu não polemizou em relação às ameaças do presidente da
Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que anteontem sugeriu a ida
da sigla à oposição caso o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) não fosse para as Comunicações. Disse
apenas que a nota, que aponta como de "competência privativa"
de Lula a nomeação de ministros,
resumia "tudo" sobre o caso.
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