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Casa Civil nega existir dossiê sobre gastos de FHC
DA FOLHA ONLINE
A Casa Civil divulgou nota
ontem negando a existência de
qualquer dossiê sobre gastos
com suprimentos de fundos do
governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, conforme publicou a revista "Veja"
desta semana.
Segundo o órgão ligado à Presidência da República, uma sindicância vai apurar a responsabilidade pelo vazamento de informações do Suprim (Sistema
de Suprimento de Fundos).
Na reportagem, a revista semanal afirma que uma equipe
do Palácio do Planalto preparou um dossiê sobre gastos efetuados nos anos de 1998, 2000
e 2001 pelo então presidente,
sua esposa, Ruth Cardoso, e assessores nas chamadas contas
tipo B, usadas para saque em
dinheiro em conta administrada pelo servidor.
O documento, de acordo com
a revista, seria usado para
chantagear parlamentares da
oposição, a fim de evitar que as
contas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fossem investigadas na CPI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito)
dos Cartões Corporativos.
Segundo a Casa Civil, "o que a
revista apresenta são fragmentos extraídos de uma base de
dados do sistema informatizado de acompanhamento do suprimento de fundos (Suprim)".
O sistema foi criado por
orientação do TCU (Tribunal
de Contas da União) para que
fossem estabelecidos mecanismos que dessem maior transparência ao acompanhamento
dos gastos.
O Suprim começou a ser alimentado em 2005. O processo
de alimentação retroagiu para
2004 e 2003 e agora estariam
sendo digitalizados os documentos dos três anos citados na
reportagem da "Veja".
A Casa Civil também contesta os valores citados pela revista: "Nos três anos referidos pela
matéria, o gasto médio anual
em suprimento de fundos da
Presidência da República não
ultrapassa a R$ 3,6 milhões de
reais em valores nominais".
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