São Paulo, domingo, 23 de março de 2008

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Casa Civil nega existir dossiê sobre gastos de FHC

DA FOLHA ONLINE

A Casa Civil divulgou nota ontem negando a existência de qualquer dossiê sobre gastos com suprimentos de fundos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, conforme publicou a revista "Veja" desta semana.
Segundo o órgão ligado à Presidência da República, uma sindicância vai apurar a responsabilidade pelo vazamento de informações do Suprim (Sistema de Suprimento de Fundos).
Na reportagem, a revista semanal afirma que uma equipe do Palácio do Planalto preparou um dossiê sobre gastos efetuados nos anos de 1998, 2000 e 2001 pelo então presidente, sua esposa, Ruth Cardoso, e assessores nas chamadas contas tipo B, usadas para saque em dinheiro em conta administrada pelo servidor.
O documento, de acordo com a revista, seria usado para chantagear parlamentares da oposição, a fim de evitar que as contas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fossem investigadas na CPI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Cartões Corporativos.
Segundo a Casa Civil, "o que a revista apresenta são fragmentos extraídos de uma base de dados do sistema informatizado de acompanhamento do suprimento de fundos (Suprim)".
O sistema foi criado por orientação do TCU (Tribunal de Contas da União) para que fossem estabelecidos mecanismos que dessem maior transparência ao acompanhamento dos gastos.
O Suprim começou a ser alimentado em 2005. O processo de alimentação retroagiu para 2004 e 2003 e agora estariam sendo digitalizados os documentos dos três anos citados na reportagem da "Veja".
A Casa Civil também contesta os valores citados pela revista: "Nos três anos referidos pela matéria, o gasto médio anual em suprimento de fundos da Presidência da República não ultrapassa a R$ 3,6 milhões de reais em valores nominais".


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