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PERFIL
Deputada é vista como "outsider"
DO BANCO DE DADOS
DA REDAÇÃO
Rita Camata (ES), 41, é vista como "outsider" do PMDB pelo núcleo de poder do partido. No seu
quarto mandato como deputada
federal -foi em todas as quatro
vezes a deputada mais votada do
Espírito Santo-, sua atuação na
Câmara é marcada por votos contrários aos principais projetos de
abertura da economia do governo
Fernando Henrique Cardoso.
No primeiro mandato de FHC,
a deputada votou contra o governo, em 1995, nas quebras dos monopólios da Petrobras e das telecomunicações.
Manteve sua postura de oposição ao governo votando, em 1997,
contra a emenda da reeleição e
contra a quebra da estabilidade
do servidor público.
Em junho de 2001, disse: "O senador Fernando Henrique era
muito melhor do que o presidente
Fernando Henrique. Prefiro mil
vezes o senador".
Como vice de José Serra, vai
conviver na campanha com o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas,
que a derrotou na disputa pela
Prefeitura de Vitória (ES) em 1996
e que hoje é um dos coordenadores da equipe do presidenciável.
Constituinte
Rita Camata ficou conhecida no
cenário político no Congresso
constituinte, entre 1987 e 88,
quando cumpria seu primeiro
mandato como deputada.
Chamou a atenção pela beleza,
que lhe valeu o título de "musa da
Constituinte". Esse atributo voltou a ser lembrado quando surgiu
a possibilidade de seu nome compor a chapa com Serra -marqueteiros do tucano acham que o
fato de ser mulher e bonita pode
trazer votos à candidatura.
Durante os trabalhos constituintes, apresentou 218 emendas
à Constituição, 68 das quais foram aprovadas. Entre essas
emendas, destacam-se as relativas
à licença-maternidade de 120 dias
e aquelas contrárias ao trabalho
infantil. Votou também contra o
mandato de cinco anos para o então presidente José Sarney.
Foi relatora do Estatuto da
Criança e do Adolescente, aprovado em 1990. Reeleita nesse ano,
presidiu a CPI do Menor, que investigou o extermínio de crianças
e adolescentes no Brasil.
No seu terceiro mandato, conquistado nas urnas em 1994, Rita
conseguiu ver sancionada por
FHC a chamada Lei Camata, projeto de lei de sua autoria que limita em 60% da receita as despesas
da União, dos Estados e dos municípios com o funcionalismo.
Em outubro de 1998 conquistou
o seu quarto mandato, tendo sido
mais uma vez a deputada mais
votada do Espírito Santo, com 72
mil votos.
Jornalismo
Formada em jornalismo, é casada desde 1981 com o senador e ex-governador Gerson Camata
(PMDB-ES), com quem tem dois
filhos: Enza, 16, e Bruno, 2.
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