São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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MEMÓRIA

No ano passado, petista defendeu subsídio francês

DA REDAÇÃO

Ontem não foi a primeira vez que o petista Luiz Inácio Lula da Silva defendeu políticas protecionistas de um país rico.
Em 2 de outubro do ano passado, Lula elogiou em Paris as barreiras francesas contra produtos agrícolas brasileiros.
"Eles estão corretos. Nós precisamos primeiro cumprir com a nossa parte para depois exigir alguma coisa. Temos que ter boa política agrícola e investimento em tecnologia. É isso que vai nos dar competitividade", disse Lula, depois de reunião com Lionel Jospin, então primeiro-ministro da França.
A frase foi duramente criticada pelo governo brasileiro. "É inaceitável que o Lula vá para Paris se associar com os franceses, que são os maiores subsidiadores do mundo, falar contra os interesses do Brasil. Se ele é contra a agricultura brasileira, é bom que diga logo e não fique nessa posição de "quinta coluna'", disse o ministro Pratini de Moraes (Agricultura), quatro dias depois da declaração do petista.
Pressionado, o presidenciável se explicou, dizendo que, antes de exportar alimentos, é preciso acabar com a fome. "Nenhum país soberano, nenhum país que respeita seu povo exporta aquilo que falta na mesa do povo para comer", disse, em 25 de outubro.



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