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MEMÓRIA
No ano passado, petista defendeu subsídio francês
DA REDAÇÃO
Ontem não foi a primeira vez
que o petista Luiz Inácio Lula
da Silva defendeu políticas protecionistas de um país rico.
Em 2 de outubro do ano passado, Lula elogiou em Paris as
barreiras francesas contra produtos agrícolas brasileiros.
"Eles estão corretos. Nós precisamos primeiro cumprir com
a nossa parte para depois exigir
alguma coisa. Temos que ter
boa política agrícola e investimento em tecnologia. É isso
que vai nos dar competitividade", disse Lula, depois de reunião com Lionel Jospin, então
primeiro-ministro da França.
A frase foi duramente criticada pelo governo brasileiro. "É
inaceitável que o Lula vá para
Paris se associar com os franceses, que são os maiores subsidiadores do mundo, falar contra os interesses do Brasil. Se ele
é contra a agricultura brasileira, é bom que diga logo e não fique nessa posição de "quinta
coluna'", disse o ministro Pratini de Moraes (Agricultura),
quatro dias depois da declaração do petista.
Pressionado, o presidenciável se explicou, dizendo que,
antes de exportar alimentos, é
preciso acabar com a fome.
"Nenhum país soberano, nenhum país que respeita seu povo exporta aquilo que falta na
mesa do povo para comer",
disse, em 25 de outubro.
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