São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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JUDICIÁRIO

Senado aprova nome de Mendes ao Supremo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O plenário do Senado aprovou ontem a indicação do advogado-geral da União, Gilmar Mendes, por 57 votos a 15, ao cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Depois da publicação do resultado, o tribunal poderá marcar a data da posse e preencher a cadeira do ministro aposentado Néri da Silveira. Mendes é o terceiro indicado por Fernando Henrique Cardoso para o Supremo. Os outros dois foram Nelson Jobim e Ellen Gracie Northfleet.
Em discursos no plenário, a oposição criticou a indicação de FHC devido às polêmicas lançadas pelo indicado em defesa do governo e com críticas ao Judiciário -chamado por ele de "manicômio judiciário".
"Ele já agiu de forma ofensiva ao Judiciário e já demonstrou uma postura extremamente conservadora e de defesa do ponto de vista do governo em questões que nem sempre seguiam os preceitos constitucionais", disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), líder da oposição. "Tememos que ele seja o líder do governo no Supremo."
A base governista defendeu o advogado. Segundo o líder tucano, senador Artur da Távola (PSDB-RJ), Mendes já demonstrou "qualificação ética, psicológica e profissional".
"É um homem de enorme sabedoria e que chegou aonde chegou sozinho, sem pistolão", disse José Agripino (PFL-RN). Gilmar também foi elogiado pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP).



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