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Construtora recebeu por obras canceladas no MA
ELVIRA LOBATO
ENVIADA ESPECIAL A SÃO LUÍS
O contrato assinado entre o
Estado do Maranhão e a Construtora Gautama, em 2004, para a construção de 119 pontes, é
um compêndio de erros. O governo mandou parar a construção de duas pontes depois de
ter investido R$ 3,479 milhões
porque o projeto básico, ignorou a influência das marés e o
tráfego de barcos, o que exigia
que elas fossem muito mais altas do que o planejado.
A informação foi dada ontem
pelos secretários-adjuntos da
Sinfra (Secretaria de Infra-Estrutura). Foram suspensas as
obras das pontes sobre o rio
Munin, na rodovia MA 110, na
qual o Estado já havia investido
R$ 2,5 milhões, e sobre o rio Pericumã, onde tinham sido gastos R$ 955,9 mil. Segundo a
Sinfra, após a licitação, o projeto mostrou que as duas pontes
teriam de ser maiores e mais altas do que o previsto, para permitir a navegação de barcos e se
adequar à variação das marés
que oscilam até seis metros.
Mas, a Sinfra defendeu a conduta do governo anterior, alegando que a lei 8.666 permite
as licitações com base em projeto básico. A Gautama recebeu
R$ 39,72 milhões entre dezembro de 2004 e abril, data da última fatura do contrato de 2004.
Desse total, R$ 10,78 milhões
referem-se à construção de
quatro pontes em um trajeto da
rodovia federal BR 402 que ainda não teve a construção autorizada pelo governo federal.
Segundo a Sinfra, as quatro
pontes na BR seriam a contrapartida de 10% do Estado na
obra -os outros 90% viriam
Ministério do Transporte. A
União não aceitou que o Estado
desse as pontes em contrapartida: ela terá de vir em dinheiro.
Segundo a Sinfra, a construtora Sucesso venceu a licitação,
no mês passado, para a escolha
da empreiteira que fará a pavimentação de 128 Km da BR
402, no trecho entre o município de Barreirinha, região dos
Lençóis, e a divisa com o Piauí.
A obra custará R$ 121 milhões.
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