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Petistas negam irregularidade com construtora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou ontem à noite que conversou com
o ministro Tarso Genro (Justiça) e que ele lhe disse que não
há nenhuma investigação na
Operação Navalha envolvendo
seu nome. "O ministro me comunicou que não há qualquer
processo de investigação relacionado à minha pessoa ou
qualquer indício de irregularidade com o meu nome."
Wellington disse que não conhece nem nunca esteve com o
empresário Zuleido Veras, acusado de comandar esquema de
fraudes em licitações e desvio
de recursos de obras públicas.
O governador afirmou que se
encontrou "várias vezes" com o
ministro de Minas e Energia,
Silas Rondeau, mas nunca para
tratar sobre atos ilícitos.
"As acusações que me colocaram é que estive com o ministro solicitando a liberação do
programa Luz Para Todos. Vou
confirmar aqui que estive várias vezes com o ministro, tanto
no Piauí como em Brasília, tratando da liberação dos recursos. Vou continuar cobrando."
Em uma nota divulgada à tarde, o governador informou sobre a reunião com o ministro,
em julho, que havia muita gente na sala, mas ele não saberia
dizer se Sérgio Sá estava presente, pois, como sustenta, não
conhece o lobista. Sobre as
obras na BR-020, a assessoria
do governador também negou
acerto com a Gautama.
O governador Jaques Wagner (PT) disse ontem, por meio
de sua assessoria, que nunca
autorizou Zuleido a fornecer
qualquer tipo de informação
sobre seu governo ou a falar em
seu nome. O petista disse que
conhece o dono da Gautama,
mas ressaltou que a empresa
não fez nenhuma obra em sua
administração ou em cidades
dirigidas pelo PT na Bahia.
O diretor-presidente da
agência Leiaute, Sidônio Palmeira, disse ontem à Folha que
não conhece Zuleido Veras,
mas que ele pode ter se encontrado com o prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT),
nas dependências de sua empresa, em Salvador. "Todo
cliente nosso, da área privada,
da área comercial, da área pública, que vem à nossa agência
pode trazer alguma pessoa com
ele. Não posso dizer que não, se
ele esteve aqui ou não."
O governador Marcelo Déda
(PT-SE) afirmou por meio de
sua assessoria que a suposta
tentativa da Gautama de exercer lobby em sua gestão não
obteve sucesso. Segundo ele, os
contratos suspeitos tiveram a
liberação de recursos suspensa
por decreto, desde sua posse.
"O esquema só encontrou dificuldade na atual gestão", diz.
Déda afirma ainda que não teve
nenhum encontro ou conversa
reservada com o conselheiro
do Tribunal de Contas do Estado Flávio Conceição. A assessoria do governo afirmou que
não conseguiu falar ontem com
o vice-governador de Sergipe.
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