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Tucano afirma que, se eleito, defenderá o parlamentarismo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O tucano Geraldo Alckmin
afirmou ontem em Recife (PE)
que, se eleito, vai recolocar em
discussão a mudança do sistema de governo, do presidencialismo para o parlamentarismo.
A proposta, que já foi tema de
dois plebiscitos, em 1963 e
1993, com vitória do presidencialismo, voltaria à discussão,
segundo Alckmin, após a reforma política, que considera prioritária. "O parlamentarismo
pressupõe partidos fortes, e,
hoje, os partidos são fracos."
Referindo-se aos escândalos
de corrupção envolvendo parlamentares, o tucano disse ainda: "Se tivéssemos parlamentarismo, esse Congresso teria
acabado. Teriam convocado
eleição geral".
O candidato lembrou que o
PSDB tem o parlamentarismo
em seu programa de governo,
mas ressaltou que a prioridade
numa eventual gestão seria a
discussão da fidelidade partidária. Ele não comentou sobre
fim da reeleição.
Em Recife, Alckmin recebeu
apoio do PPS e assistiu ao jogo
do Brasil na casa do ex-governador e aliado político Jarbas
Vasconcelos (PMDB). No encontro com os socialistas, o
presidente do PPS, deputado
Roberto Freire (PE), entregou
ao candidato apostila com 11
propostas de governo. Entre
elas, incluiu a discussão da mudança do sistema de governo.
"A discussão não é ter ou não
reeleição", disse Freire. "A discussão é se vamos continuar no
presidencialismo."
(FÁBIO GUIBU)
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