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OUTRO LADO
Partido nega que pagamento fosse ligado a registro
DA REPORTAGEM LOCAL
A candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, disse ontem que apenas o
presidente da sigla no município poderia falar sobre a cobrança de taxa dos candidatos
a vereador. "Procura o presidente [José Carlos Venâncio].
Eu não tenho esses dados."
Erundina afirmou que também pagou a taxa -o que depois foi negado pelo partido.
"Com certeza, né, agora não sei
quanto foi nem quem foi nem
como foi pago, porque não sou
eu que faço isso. O próprio partido é que faz por mim", disse.
A Folha quis saber se o pagamento havia sido feito com recursos pessoais. "É claro que
foi", respondeu a candidata.
O presidente do PSB municipal, José Carlos Venâncio, disse
que a sigla não cobrou a taxa de
Erundina porque "ela paga todo mês 10% do seu salário [de
deputada federal] para o partido". Ele negou que o partido tenha condicionado o pagamento da taxa de R$ 1,6 mil ao registro de candidaturas a vereador.
Ele afirmou que a cobrança foi
"perfeitamente legal", embora
não soubesse apontar a base jurídica ("não sou advogado").
"Houve muita gente que pediu "olha, puxa, não tenho grana agora, posso pagar como,
depois?". Então, sem problemas, mas não existiu sanção alguma", afirmou Venâncio.
"A maior parte dos nossos
candidatos é de uma faixa de
renda baixa, são líderes comunitários, a gente não pode cobrar [...] Agora, também não
podemos deixar de cobrar,
mesmo que seja parcelado, em
respeito àquelas pessoas que
pagaram", disse. O presidente
afirmou que a taxa não é inédita. "Sempre que tem eleição o
partido cobra dos candidatos
um valor. Serve para ajudar a
máquina do partido."
(RV)
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